A 13º Festival de Cinema Italiano no Brasil , abre com uma festa para convidados, no próximo dia 25 de setembro no Auditório Ibirapuera, com a exibição do filme Como um Gato na Marginal. Entre os dias 27 de setembro a 3 de outubro, São Paulo recebe a Semana de Cinema Italiano Contemporâneo, parte integrante do 13º Festival de Cinema Italiano no Brasil. A mostra fica em cartaz no Reserva Cultural e na Caixa Belas Artes.
Ao todo, serão exibidos 15 filmes inéditos a partir de uma seleção rigorosa nos conceitos de público e crítica. Uma das apostas desta edição é apresentar aos brasileiros uma nova geração de cineastas italianos que têm inovado na produção de novos conceitos ao romper com os esquemas tradicionais, reinventando assim, o atual cinema italiano.
Um exemplo é o longa Intrusa, de Leonardo di Costanzo, marcado pela sensibilidade autoral. A história se passa na Nápoles de hoje e aborda o mundo voluntariado. O diretor mostra que sabe chegar ao cerne dos problemas em sua história, em uma fotografia não ancorada em características estilísticas presumidas.
Nesta linha, há ainda O Indulto – 48 horas Livre, de Claudio Amendola uma narrativa entre o noir e a análise social a partir de presidiários, bem como, A Guerra dos Caipiras da dupla Davide Barletti & Lorenzo Conte, um épico situado na Puglia rural, um território selvagem e ilimitado onde não há sinal de adultos. Já Onde Nunca Morei, de Paolo Franchi, é um drama intrigante e sem retórica, que por vezes, recorda as atmosferas de Visconti e Antonioni.
A programação também inclui o fenômeno Amor e Delinquência, dos irmãos Manetti, um musical sobre a máfia napolitana, que com muito humor e ironia arrebatou a crítica italiana.
Outra novidade é Diminuta, de Bruno Saglia, que resgata as coproduções entre Brasil e Itália através de um grande elenco, que inclui os brasileiros Reynaldo Gianecchini, Carlos Vereza e Débora Evelyn, além do italiano Giancarlo Giannini. A première do longa ocorre no dia 24 de setembro no Reserva Cultural.
A boa comédia italiana fica por conta de nomes como o do ícone Carlo Verdone em Bendita Loucura e com o campeão de bilheteria Como um Gato na Marginal, de Riccardo Milani, também reconhecido pelo público.
O documentário Bozzetto Nunca Demais de Marco Bonfanti apresenta de forma original e poética a vida e obra do gênio da animação Bruno Bozzetto, que completa 60 anos de carreira e 80 de vida em 2018.
No ramo da animação, Gata Cinderela de Alessandro Rak, Ivan Cappiello, Marino Guarnieri e Dario Sansone traz um conto de fadas sombrio e visionário, ambientado em um futuro distante em Nápoles.
Entre os dias 18 de e 22 de setembro o MIS – instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – recebe uma mostra de filmes em homenagem a Sophia Loren. A retrospectiva, que faz parte da programação da 13ª edição do Festival de Cinema Italiano, relembra a trajetória da atriz, ícone do cinema clássico. Além dos filmes, o MIS também recebe uma exposição fotográfica que retrata a carreira cinematográfica de Sophia Loren. O Festival de Cinema Italiano no Brasil é um evento organizado pela Câmera ĺtalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura e apoio do Istituto di Cultura de São Paulo, que promove o cinema italiano contemporâneo.
A abertura da mostra acontece no dia 17 de setembro (segunda-feira), com exibição do filme Matrimônio à italiana, que será seguido de bate-papo com Nico Rossini, organizador do Festival desde sua primeira edição, e um convidado surpresa. Além do longa de Vittorio De Sica, a mostra traz Os girassóis da Rússia, Ontem, hoje e amanhã, Um dia muito especial, Sábado, domingo e segunda, Duas mulheres e Duas noites com Cleópatra. Completa a programação a exibição do telefilme A pequena órfã, que poderá ser visto no cinema graças à retrospectiva, e celebra o encontro contemporâneo em cena de Sophia Loren com Giancarlo Giannini, convidado especial da 8ª edição do Festival.
Sophia Loren ganhou fama internacional em 1962, quando recebeu o Oscar de Melhor Atriz pelo filme Duas mulheres, que também lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes e o New York Film Critics Circle Awards. Ela detém o recorde de David di Donatello Awards, com seis prêmios de Melhor Atriz, pelos filmes: Duas mulheres (1960); Ontem, hoje e amanhã (1963); Matrimônio à italiana (1964); Os girassóis da Rússia (1970); A viagem (1974); e Um dia muito especial (1977).
Além do Oscar, tem em sua coleção de prêmios um Grammy Award, cinco Globos de Ouro especiais, um Bafta, o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes, e o Oscar Honorário em 1991. Em 1995, recebeu o Prêmio Cecil B. DeMille pelas realizações ao longo da vida. Em 1999 foi reconhecida como uma das 25 maiores lendas do cinema norte-americano do sexo feminino na pesquisa do American Film Institute, da AFI’s 100 Years…100 Stars. Sua filmografia conta com obras que tocam todas as gerações como: Love, Marilyn (2012); Nine (2009); Sábado, domingo e segunda (1998); Um dia muito especial (1977); O homem de La Mancha (1972) e “Duas Mulheres” (1960).