A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou o desempenho do setor automotivo no mês de junho e do 1º semestre de 2015.
Para o Setor da Distribuição de Veículos no geral (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários, máquinas agrícolas e outros, como carretinhas para transporte) o mês de junho apresentou retração de 1,25% em relação a maio (329.650 unidades em junho, contra 333.821 no mês anterior). Na comparação entre os meses de junho 2015 e o mesmo mês de 2014, o setor teve queda de 14,45%.
De acordo com a Fenabrave, no acumulado do ano, houve queda de 17,62% para todos os setores somados. No primeiro semestre de 2015, foram emplacadas 2.053.111 unidades, contra 2.492.247 no mesmo período de 2014.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr., o mercado ainda sofre os reflexos da economia em crise no Brasil. Com a expectativa ainda maior de queda no PIB Nacional (mais de 2%), alta no desemprego, queda real do salário e, especialmente, no investimento da iniciativa privada e do governo, o consumidor não tem segurança para ir às compras. “A falta de confiança reflete, diretamente, no mercado. Para o segundo semestre, esperamos que a média diária de vendas aumente um pouco, porém, o resultado de 2015 será cerca de 20% menor que o registrado em 2014 ”, explicou o presidente.
Projeções apontam queda de 23% para automóveis e comerciais leves
Com os ajustes na produção, o volume de estoque de veículos se mantém estável, em 49 dias, ou cerca de 323 mil unidades. Já os emplacamentos em queda fizeram com que a Fenabrave revisasse as projeções do setor para o encerramento deste ano.
Os segmentos de automóveis e comerciais leves apontam queda de 23% em 2015.
Para caminhões, as perspectivas atuais são de redução de 45% nos emplacamentos deste ano e, para implementos rodoviários, a queda pode chegar a 46%.
O segmento de motocicletas deve permanecer com queda acumulada de 9% até dezembro.
A Fenabrave estima que todos os segmentos somados encerrem o ano de 2015 com queda de 19,9%.