A ABIMAQ analisou o resultado da Pesquisa Industrial Mensal do IBGE e ressalta a necessidade de uma agenda de reformas estruturantes, diminuindo as incertezas e tornando o ambiente mais adequado, para a volta do crescimento. Sendo imprescindível a volta da capacidade de investimento.

No mês de agosto de 2018, a indústria geral registrou queda da produção física 0,3% em comparação mensal, livre dos efeitos sazonais. Representando o segundo mês de queda consecutiva, acumulando nesses dois meses uma queda de 0,4%, contudo no acumulado do ano a variação é positiva em 2,5% e em doze meses em 3,1%. Esses são alguns dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgados hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Já o setor de máquinas e equipamentos mantém a rota de crescimento, em 2018, segundo dados divulgados  em seu boletim mensal. O destaque para o mês de agosto foi que a receita líquida apresentou alta de 5,9%, no acumulado do ano, já a produção física, medida pelo IBGE teve uma alta de 5,3%, na fabricação de máquinas e equipamentos, no mesmo período.

A entidade  acredita que dada a conjuntura interna, o setor, em grande parte, se viu obrigado a buscar alternativas no mercado externo, contudo para um crescimento mais consistente é imprescindível uma reação do mercado interno, que virá caso o novo governo consiga estabilizar o quadro político e propor as reformas que o país necessita.

Para entidade, o cenário atual continua conturbado, com incertezas principalmente com o quadro político e das diretrizes a serem tomadas pelo próximo governo.

Segundo a associação, os pontos relacionados ao mercado externo que podem influenciar o setor, são a guerra comercial, que ganha novos capítulos constantemente, além da situação delicada pela qual atravessa a Argentina, grande compradora de máquinas e equipamentos do Brasil. A incerteza pode ser observada no índice de confiança da indústria.