A Associação Paulista de Medicina, APM, criticou a prorrogação do Mais Médicos e lançou o comunicado, leia na integra.
Na última segunda-feira (22), a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória 723, que prorroga por mais três anos o programa Mais Médicos. O texto segue agora para o Senado e, para não perder a validade, precisa ser aprovado até a próxima segunda-feira (29). “É lamentável que o Governo tenha tomado essa posição de manter o Mais Médicos, especialmente os profissionais cubanos, cuja contratação é marcada por obscuridades. Não sabemos exatamente o destino da maior parte da bolsa paga a eles, que também não tiveram sua capacidade comprovada. Gostaríamos que fossem trocados por médicos brasileiros, formados aqui, por meio da Carreira de Estado”, defende o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão.
Mais uma vez, os médicos são deixados de fora do debate. No dia 6 de julho, o presidente da APM e os diretores de Defesa Profissional, João Sobreira de Moura Neto e Marun David Cury, estiveram com o médico e deputado federal Luís Henrique Mandetta, em Brasília, para debater o assunto. A única reunião para debater a MP havia sido realizada um dia antes, apenas com a participação do Ministério da Saúde e representantes de secretarias de saúde.
Cabe ressaltar que as prefeituras são grandes defensoras do Programa, já que centenas de médicos contratados por elas foram demitidos e substituídos por profissionais do Mais Médicos. Por conta da não participação dos médicos na reunião, o deputado Mandetta apresentou destaques no dia 6 de julho, data da aprovação do relatório, dos quais apenas um foi acatado, o que garante obediência à ordem de prioridade de chamada para o Mais Médicos: profissionais formados no Brasil ou com diplomas revalidados no Brasil; médicos brasileiros formados no exterior; e médicos estrangeiros habilitados no exterior. Além da preocupação de que os profissionais intercambistas continuem atuando no Brasil sem revalidar seus diplomas, há receio, por parte das entidades médicas, que passe a ser facilitada, ainda, a atuação de brasileiros formados em faculdades de países como Bolívia e Paraguai, normalmente localizadas nas fronteiras com o Brasil, também sem revalidação do diploma.
Informou a associação.