A Bayer  fez debate, seguido de almoço, no Hotel Hyatt em São Paulo, tendo como pauta o Stivarga, para o tratamento em pacientes  com hepatocarcinoma celular(CHC). O principal fator de risco para desenvolvimento de câncer no fígado é a agressão crônica das células hepática, acontecendo na maioria dos casos associados à cirrose, que pode ser causada por infecções pelos vírus das hepatites B e C, álcool e doença hepática gordurosa não alcoólica.

 

Estiveram presentes: Paulo Pereira, diretor de Comunicação do Grupo Bayer no Brasil,  o Professor Flair CarrilhoChefe da Disciplina de Gastroenterologia Clínica da Faculdade de Medicina da USP e chefe da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia Clínica do Hospital das Clínicas da FMUSP – que integra a Sociedade Brasileira de Hepatologia, o oncologista Roberto Gil – membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e Membro fundador do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrintestinais, e a presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz

O oncologista Roberto Gil foto divulgação

 

Na ocasião, o Instituto Oncoguia, em parceria com a Bayer, apresentou em primeira mão os resultados de uma pesquisa que verificou o nível de conhecimento da população acerca da doença. Hoje, o  carcinoma hepatocelular, câncer de fígado, é o terceiro que mais s mata no mundo, contabilizando 700 mil mortes por ano. No Brasil, foram registrados 44 mil óbitos entre 2011 e 2015. A pesquisa inédita feita em parceria com o laboratório Bayer, mostrou que mesmo com a taxa de mortalidade tão elevada, o brasileiro é mal informado sobre a doença. Um total de 1,5 mil pessoas foram ouvidas no levantamento realizados em cinco capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre e Recife.

Luciana Holtz,presidente do Instituto Oncoguia foto divulgação

53% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento sobre a doença, 61% deles não sabiam quais são os sintomas e 59% desconheciam os fatores de risco. A pesquisa revelou ainda que 76% dos entrevistados consideraram o consumo de álcool como uma das causas do câncer de fígado, o que é uma verdade. No entanto, 56% das pessoas não o relacionaram com a doença e desconhecem os fatores de risco, como a Hepatite B e a Hepatite C. Para a presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, “Esses dados mostram que a população precisa ter mais acesso à informação sobre o que é o câncer de fígado, como é feito o diagnóstico e quais são os tratamentos. A maioria dos tumores é descoberta depois do estado de avanço da doença e isso tem um impacto direto no uso das terapias e sobrevida dos pacientes”,  disse .

Para o  oncologista Roberto Gil, do Instituto Nacional do Câncer, quanto  mais  cedo  for o diagnóstico,  mais chances de chegar a procedimentos curativos. “A ressecção cirurgia e o transplante de fígado ou procedimentos que auxiliam na regressão do tumor como aplicação da injeção percutânea de etanol e ablação por radiofrequência são opções de tratamento que podem ser realizados desde o início do diagnóstico. Para casos mais avançados, com a avaliação médica, podem ser aplicadas quimioembolização, quimioterapias e tratamentos paliativos”
Além disso, o oncologista Roberto Gil  debateu a jornada no SUS, as políticas públicas em CHC e o que pode ser feito para melhorar o acesso e o atendimento.

 

Segundo o  Instituto Nacional do Câncer, cerca de 40,710 pessoas serão diagnosticadas com cânceres de fígado, em 2017, cerca de 28,920 vai morrer de estas doenças. O CHC, origina-se no fígado e é a forma mais comum de câncer de fígado. Stivarga é um inibidor de quinase que funciona através do bloqueio de várias enzimas que promovem o crescimento do câncer, incluindo enzimas no fator de crescimento endotelial vascular caminho. É também aprovado para o tratamento de câncer colorretal e tumores estromais gastrointestinais que não estão respondendo aos tratamentos anteriores.