Apesar da instabilidade econômica provocada pelo Covid-19, o Café Gourmet Santa Monica está dando prosseguimento aos investimentos que estavam previstos para esse ano para expansão, aumento da produção e lançamento de seu primeiro microlote, o Santa Monica 86 Ponto, que marca o ingresso da empresa no segmento de cafés especiais com um produto premium de qualidade superior, resultado da seleção dos melhores lotes da fazenda , e para aumentar sua presença no mercado de café gourmet, a empresa está investindo R$ 1,4 milhão na ampliação das instalações de sua torrefadora em São Paulo e em um novo torrador que permite multiplicar sua produção em até 20 vezes. Com esse aporte, a Santa Monica irá produzir café torrado com marca própria para uma rede de supermercados e abastecer grandes varejistas como o Makro, onde está presente em 24 lojas.
Além de investir no mercado interno, a empresa também está buscando novos parceiros para incrementar a exportação de seu café torrado para países do Leste Europeu, Espanha, Itália, Estados Unidos e China, onde a linha de produtos Santa Monica já está sendo comercializada.
Pioneira na produção de café gourmet no País e em exportar café torrado com uma marca brasileira, a Santa Monica também vem utilizando tecnologia de ponta para aumentar a produção e melhorar a qualidade dos grãos. Além de um sistema israelense de fertirrigação por gotejamento que cobre toda a propriedade, a Fazenda Santa Monica também conta com os avanços da biotecnologia para ter 60% da sua produção de grãos gourmet, um percentual superior ao de outras da região que colhem, em média, de 10% e 20% desse tipo de café.
“Para evitar o uso de defensivos químicos e a degradação da Fazenda, aproveitamos os recursos que a própria natureza nos dá. Usamos produtos biológicos e processos naturais, apostando na inovação como a melhor arma para combater pragas e aumentar a produção”, explica Marcelo Moscofian, CEO do Café Santa Monica.
Um dos exemplos dessa inovação é o uso de adubagem organo mineral que combina rochas de Fósforo e Potássio com bactérias para retirar o Nitrogênio do ar e introduzi-lo nos grãos de café. “Não usamos adubos orgânicos como estrume de vaca ou galinha, pois, como parte do café é exportada, esses adubos não são aceitos em muitos países”, justifica o executivo.
Na propriedade também são empregados produtos biotecnológicos para fazer o controle biológico de pragas e feito o tratamento da água de chuva que é usada para a irrigação.
Outro diferencial que garante maior produtividade é o sistema Safra Zero, onde a Fazenda é dividida em três partes e, a cada ano, os pés de café de uma dessas áreas são decotados e esqueletados. Isso faz com que aumente o número de internódios, a quantidade de ramos e, consequentemente, o volume de grãos. Durante esse ano, os pés que foram submetidos a esse processo não darão frutos, mas no ano seguinte conseguem ter uma produção até 50% superior. Com esse sistema, a propriedade produz de 80 a 120 sacas por hectare sem ter prejuízo, pois não tem as mesmas despesas com produção e colheita na área que foi podada.
Para manter o mesmo padrão de café, a empresa adquiriu uma máquina à laser que seleciona os grãos por cor e tamanho, separando os frutos vermelhos dos verdes e pretos. Depois de selecionados, eles vão para um secador estático onde a secagem é feita em uma caixa através da ação do vento e calor durante 3 dias. Após esse processo, o café é transferido para a outra caixa onde permanece por mais 6 dias e, em seguida, segue para o secador para a retirada de toda a umidade antes de ser armazenado em greenbags.
A maior parte do café produzido na Fazenda Santa Monica é considerado gourmet por ter mais de 80 pontos na escala da BSCA (Brazilian Specialty Coffee Association). Para ser classificado como café especial, um café precisa atingir o mínimo de 80 pontos, de acordo com a metodologia SCAA que definiu uma escala de 0 – 100 pontos para avaliar a qualidade dos grãos.
Para estender o mesmo padrão de qualidade usado na Fazenda para a bebida, os grãos do Café Santa Monica são armazenados durante um ano para concentrar suas propriedades e óleos essenciais e só depois vão para uma torrefadora própria que torra lotes pequenos, de 30kg, para destacar as características gourmet dos grãos e garantir o dulçor e aroma da bebida.
A Fazenda Santa Monica está localizada na região de Machado, no Sul de Minas Gerais, numa altitude superior a mil metros. Na propriedade de 35 anos e 449 hectares são cultivados 500 mil pés de café arábica das espécies Novo Mundo e Catuaí. Com certificações da Ascafea, UTZ, Emater, Brazil Speciality Coffee Association e da Certifica Minas Café, a Fazenda realiza anualmente o plantio de 100 árvores, principalmente de espécies frutíferas, para alimentar os pássaros e animais e manter o equilíbrio ecológico da região.
Grande parte das 300 toneladas de grãos produzidos a cada ano é utilizada na linha de Cafés Gourmet Santa Monica e o restante comercializado no mercado brasileiro e exportado.