Um instituto cultural de portas abertas,  essa é  a proposta desta 31ª edição da CASACOR Rio, que acontece de 27 de abril a 26 de junho e volta a se hospedar na Residência Brando Barbosa. São 43 equipes de arquitetos, designers de interiores e paisagistas que trazem um novo olhar, mais contemporâneo, para o icônico imóvel localizado no Jardim Botânico.

 

Os 45 ambientes desta edição ocupam praticamente todos os 12 mil m² da propriedade. Uma proposta que tem tudo a ver com o tema nacional “Infinito Particular”, e permite aos profissionais apresentar soluções diversas e plurais para uma casa com alma, hiperconectada, repleta de memórias afetivas  e de muita personalidade

Hologramas, realidade aumentada, exposição virtual. No BamˈBo͞o Bar, de Gisele Taranto, a arte aparece das mais variadas formas. O espaço promete ser uma das sensações da mostra, já que traz novidades como uma galeria virtual no Metaverso com obras de arte generativa, além de transformar a piscina pink numa instalação da artista Maritza Caneca e trazer também a exposição Olhar 2022, que reúne Carlos Vergara e jovens artistas da periferia. E ainda vai ter muito mais arte pela casa, em ambientes como de Cristiana e Mariana Mascarenhas, Mario Costa Santos, Paola Ribeiro, Mauricio Nóbrega e Tiago Freire.

Uma inovação deste ano foi fazer a Vila CASACOR, onde foram criados estúdios, espaços comerciais e casas com métodos construtivos rápidos, limpos e sustentáveis. Há dois deles: as estruturas metálicas usadas no espaço de João Panaggio; e os módulos metálicos, semelhantes a contêineres, que já vem com tratamento termoacústico. Eles foram usados nos ambientes de Mario Costa Santos; Bernardo Gaudie-Ley e Tania Braida; Caco Borges e Carolina Haubrich; Jorge Delmas; Sérgio Conde Caldas; Rafael Mirza; e Diego Raposo e Manuela Simas. Ambos permitem uma construção rápida – cerca de três meses – e as casas podem até ser, posteriormente, desmontadas e remontadas em outros lugares.

Antes voltados exclusivamente para a higienização, os banheiros agora ganham uma nova vocação: salas de banho para descompressão e relaxamento.

Outra herança da pandemia são espaços que se desdobram e ganham várias funções como estar, home-office, TV…

Além da exuberância do jardim — que entrou definitivamente em casas e apartamentos com o uso de muitas plantas -, o verde aparece também nas paredes, em texturas, tecidos, materiais… As formas da natureza também aparecem impressas em móveis (Maurício Nóbrega) e revestimentos (Vivian Remers).

No primeiro andar, os grandes salões da casa mantêm sua vocação original: de receber os visitantes, mas agora com funções voltadas à cultura, às artes e ao encontro; enquanto a cozinha cede lugar ao Café da mostra.

No segundo andar, fica a Hospedaria do Instituto, com pequenos estúdios com espaço para trabalhar e descansar, um lounge, um home-office, uma sala de reuniões e até um espaço de descompressão e relaxamento.

E, nos jardins, além dos espaços comerciais e gastronômicos — que este ano incluem um complexo com restaurante, wine bar, salad bar e pizzaria, além de um bar de drinques na piscina -, está a Villa CASACOR com 10 estúdios de 28m² a 80m² montados em módulos metálicos residenciais semelhantes a contêineres que poderiam receber artistas e designers convidados para residências temporárias no instituto.

Apesar de tantas mudanças, uma novidade que chegou em 2021 permanece este ano. Mais uma vez, a mostra é híbrida, com uma versão presencial, com foco na experiência de visita à casa, e uma versão digital, com tours 3D acessíveis pelo site