Durante a SP-Arte 2025, Danielian Galeria apresenta  obra rara do pintor francês Taunay assim como outros artistas, entre eles,  Miró Beatriz Milhazes e Suzanne Valadon. Uma seleção confirma a vocação da Luiz e Ludwig Danielian de reunir obras emblemáticas, atravessando épocas e dialogando com sensibilidades contemporâneas. No encontro de tempos distintos, uma pintura de Nicolas Antoine Taunay, integrante do primeiro conjunto de paisagens urbanas do Rio de Janeiro produzido pelo artista

A obra, intitulada Aquaduct at Rio de Janeiro foi localizada em Paris recentemente. De acordo com registros de seus arquivos, trata-se de uma das pinturas enviadas por Taunay à França no início do século XIX.

Nicolas Antoine Taunay, Aquaduct at Rio de Janeiro, c. 1816-1817

Embora a existência dessa pintura já fosse conhecida e estivesse mencionada no catálogo raisonné do pintor, não havia imagens disponíveis até então. Após pesquisas, a obra foi identificada e agora trazida de volta ao Brasil. Ela é considerada uma das primeiras representações iconográficas do Rio de Janeiro. Desde o início do século XIX, esta será a primeira vez que a obra será exibida publicamente.

Ficha técnica: Nicolas Antoine Taunay

Título: Aquaduct at Rio de Janeiro

Data: c. 1816-1817

Técnica: Óleo sobre tela

Dimensões: 64,1 x 81,9 cm

Ao  lado desse trabalho, uma presença igualmente rara: uma das únicas obras de Suzanne Valadon existentes no Brasil – Sem Título (óleo sobre aglomerado de madeira, 1918). Trata-se de uma natureza-morta da artista, atualmente em exposição no Centre Pompidou, em Paris. Figura marcante da Belle Époque, Valadon foi uma das poucas artistas mulheres de sua geração a conquistar sólido reconhecimento no efervescente cenário europeu da virada do século XIX para o XX.

A exibição reforça o compromisso da Danielian com a preservação e divulgação do patrimônio artístico e histórico que conecta o Brasil a uma trajetória cultural e artística internacional, que inclui ainda a escultura Oiseau sur une branche (1981), de Joan Miró, e a obra Os Pares (1999), da artista Beatriz Milhazes.

Danielian Galeria – C3

2-6 de abril

Pavilhão da Bienal

Em paralelo à SP-Arte, o endereço da galeria em São Paulo seguirá com a exposição “Visconti e Renoir”, ampliando a experiência ao estabelecer um circuito entre a galeria em São Paulo e a maior feira de arte da América Latina.