A Dengo, marca brasileira de chocolates e cafés de origem, inaugurou hoje, 02, a segunda loja , no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Tendo como investidor Guilherme Leal, um dos fundadores da Natura, a marca foi idealizada como um negócio de impacto social por Estevan Sartoreli, que atuou por 12 anos no marketing da multinacional de cosméticos  A loja tem o projeto arquitetônico by  Liliana Saporiti e Claudia Moreira Salles, da Tandem Design,   e   como responsável pela  consultoria de cafés  Ensei Neto e os chocolates sob o comando da chocolatière Luciana Lobo, que trabalhou por 10 anos na Cau Chocolates.Neste mês de março, a marca abre mais 03lojas nos shoppings :Iguatemi Alphaville, em Barueri (Grande São Paulo), e Village Mall, no Rio de Janeiro.

 

Estevan Sartoreli foto Tânia Müller

 

” Sem dúvida a gente bebe de  tudo aquilo que  vivencia. Depois de 12 anos de viver a cosmética, vi que era a hora de pensar em outras transformações e outros negócios ,  e qual era o legado e a mudança que eu queria deixar no mundo Era hora de começar um algo novo, assim como a Natura fez. Antes de pensar em uma barrinha de chocolate para chamar de minha, sua ou de nossa, o principal  motivo  foi de como eu poderia gerar um  desenvolvimento em  uma região do sul da Bahia  e melhorar a reputação do cacau e do café nacionais e contribuir para a transformação da vida das pessoas que se dedicam ao seu cultivo, mostrando que eles podem  viver da terra e se orgulhar disso.  Não é uma questão de filantropia ou de caridade  . A cadeia do cacau hoje tem um personagem fundamental que é o produtor. Ele não consegue sobreviver em virtude de não ter uma  remuneração adequada e nem noção técnica de produtividade.  Apesar do Brasil estar fora  de ter uma amêndoa de  cacau de qualidade , ele  é capaz sim de produzir uma  de altíssima qualidade  e primeiro padrão,. desde que faça uso das boas  práticas agrícolas, de cultivo e associada  nas riquezas da nossa biodiversidade. Uma das ousadias nossa, é que além de respeitar a quem produz, agregamos valor a ele. Hoje ele ganha mais porque entrega mais, ou seja um produto de qualidade. Capacitamos  o produtor rural e pagamos  o melhor preço no mercado brasileiro para as amêndoas e grãos de qualidade” explica Sartoreli, 

Com uma rede integrada, que elimina intermediários,  a empresa conta com mais de 120 produtores conectados, nem  todos eles com produtos em linha. “É possível fazer diferente e criar modelos sustentáveis que compartilham valor em sua cadeia”, afirma  

Dengo fotos Tânia Müller

A empresa também propaga o consumo consciente. A venda de produtos a granel, por exemplo, diminui o uso de embalagens. As amêndoas do cacau que se quebram durante o descascamento manual são trituradas e comercializadas como “nibs” e a própria casca é utilizada para o preparo de chá. “O processo se dá com um pensar nos detalhes  . Por isso, Dengo”  conclui