Após temporada no Rio de Janeiro, a exposição Visconti e Renoir – Impressionismo 150 Anos chega a São Paulo a partir de 15 de fevereiro de 2025, das 11h às 15h , na Danielian, rua Estados Unidos, 2.114, Jardim América. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra reitera a importância de um movimento que mudou a história da arte mundial e examina como ele chegou ao Brasil.

Na exposição  um conjunto significativo de obras de Eliseu Visconti e algumas pinturas de Pierre-Auguste Renoir, reforçando a relevância de um movimento que inaugurou a arte moderna no mundo. Esses dois artistas, de contextos distintos, dividem o espaço em um diálogo que percorre diferentes geografias e histórias. Contudo, nesta exposição, Visconti é o protagonista desta narrativa.
Cerca de 60 obras, entre trabalhos do acervo da galeria e de coleções privadas, estão organizadas em núcleos que permitem ao visitante explorar perspectivas como: semelhanças e diferenças entre os artistas, o impressionismo na obra de Visconti, o período de estudos e trabalho na França, a produção após esse período, as obras para o Theatro Municipal, a produção em Saint Hubert e Teresópolis, além dos retratos e autorretratos. Uma seleção de obras estará disponível para aquisição, ressaltando o papel do colecionismo, da valorização do patrimônio artístico e das trocas culturais, em um ano que celebra a França no Brasil

Reconhecido como um dos principais nomes do Impressionismo nacional, Visconti viveu em Paris entre 1893 e 1898, como pensionista do Estado brasileiro. A estadia na Europa foi fundamental em sua trajetória artística. Ele não apenas desenvolveu seu estilo, mas também abriu sua obra às principais tendências internacionais do início do século XX. Em 1900, estando na capital francesa por conta própria, após o término da bolsa de estudos da Escola Nacional de Belas Artes, recebeu a Medalha de Prata na Exposition Internationale Universelle de Paris, por suas telas Gioventù e Oréadas, além de Menção Honrosa na Seção de Arte Decorativa e Artes Aplicadas.
Visconti ainda buscou estreitar as relações entre arte e indústria, realizando, no Rio de Janeiro, em 1901, uma exposição individual que incluiu seus projetos para objetos em ferro, cerâmica, marchetaria, vitrais, estamparia de tecidos e papel de parede. Em 1905, recebeu o convite para executar as decorações do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Realizou os trabalhos em ateliês na França, devido às instalações e materiais adequados, retornando ao Brasil com as obras concluídas. Entre idas e vindas, casou-se na França e criou vínculos familiares com a região de Saint Hubert, onde produziu inúmeras obras.