A BRAZTOA (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), acaba de lançar o Anuário Braztoa 2020, estudo com dados inéditos do setor das operadoras de turismo no país, que mostra, em números, o impacto do contexto econômico nacional e internacional no segmento de viagens de lazer e no comportamento do turista.
Em 2019, as empresas associadas à entidade, que representam estimados 90% das viagens de lazer comercializadas pela cadeia produtiva do Brasil, foram responsáveis por um faturamento de R$ 15,1 bilhões, um crescimento de 1,4% em relação ao ano anterior, mantendo em 6,5 milhões o número de passageiros embarcados.
Os resultados mostram uma estabilidade em um ano de adversidades, já que 2019 foi marcado por variações cambiais com a desvalorização do real frente ao dólar. Ao mesmo tempo, há um aumento do ticket médio das viagens (16,9%), que representa uma forte tendência no setor: as operadoras estão sendo cada vez mais acionadas para o trabalho de consultoria de viagens, agregando valor aos roteiros turísticos e criando experiências personalizadas.
Do total de passageiros embarcados, mais de 4,8 milhões foram para destinos dentro do Brasil, 73,8% do total. A porcentagem de turistas para destinos internacionais foi de 26,2%, ou seja, mais de 1,7 milhões de brasileiros viajaram para fora do país em 2019. O turismo nacional representou um faturamento de 9 bilhões (59,7%). Já as viagens para o exterior atingiram a marca de R$ 6,1 bilhões de faturamento (40,3%).
No Brasil, o Nordeste manteve a liderança, recebendo 51,8% do total de passageiros embarcados. Já a região Sudeste ficou em segundo lugar, com percentual de 22,1%. A região Sul foi responsável por uma parcela de 19,2% dos embarques totais no país, enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram 6,9% do total brasileiro, mantida a base de comparação.
Nos embarques internacionais, o principal destino foi a América do Sul, correspondendo a 30,4% dos embarques. A Europa ficou em segundo lugar na preferência dos turistas, com 28,4%. América do Norte, por sua vez, representou 19,2% dos embarques, enquanto América Central-Caribe corresponde a 16,7% e o bloco Ásia-África-Oceania representa 5,3% e do total.
Os valores médios dos pacotes praticados em 2019 para os mercados doméstico e emissivo internacional foram, respectivamente, R$ 1.869 (aumento de 23% no ticket médio) e R$ 3.567 (alta de 1,3% no ticket médio).
Com relação à duração das viagens, os roteiros mais curtos (até 4 dias) foram escolhidos por 22% das pessoas. Os médios (5 a 9 dias) ganharam adesão de mais da metade das escolhas dos consumidores (53%), enquanto os roteiros mais longos (mais de 10 dias) tiveram 25% nas procuras. Sobre o tipo de pacote vendido, os completos – aqueles que envolvem a parte terrestre e aérea representam com 35% das escolhas, enquanto as viagens que englobam apenas a parte terrestre, sem o aéreo, foram escolhidas por 37% das pessoas. Vale ressaltar que para a aquisição dessas viagens a opção de