A FCC, indústria de componentes para o setor calçadista de Campo Bom/RS, é mais uma gigante da cadeia produtiva a receber a certificação máxima do Origem Sustentável. A entrega do selo Diamante aconteceu na sede da empresa e contou com as presenças das presidências e diretorias da FCC, da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), colaboradores e clientes.
Para CEO da FCC, Marcelo Reichert, destacou a importância da equipe no processo de certificação. “Hoje estamos coroando um processo que ajudou a própria empresa a organizar seus processos. A sustentabilidade sempre fez parte da nossa história e hoje está sendo certificada no nível mais elevado do Origem Sustentável”, comemorou o gestor, ressaltando o empenho da equipe e a relevância da certificação para o mercado.
Na oportunidade, a superintendente da Assintecal, Silvana Dilly, destacou a história da empresa, sempre ligada à sustentabilidade. “A cadeia produtiva do calçado, aqui representada pelas entidades gestoras do Origem Sustentável, vem caminhando a passos largos rumo a uma produção sustentável. Aos poucos, estamos transformando a cultura do setor e nos tornando referência mundial em ESG”, ressaltou.
Representando o elo dos fabricantes de calçados, o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, foi enfático na defesa da sustentabilidade como ferramenta de competitividade, principalmente no mercado internacional. “O calçadista brasileiro não pode concorrer no preço com produtor asiático, mas pode mostrar que aqui existe uma indústria justa e sustentável, o que é diferencial importante em relação a esses concorrentes”, disse, ressaltando que a certificação é uma coroação do trabalho realizado pela FCC.
Unindo os pilares de sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural, a FCC recebeu a certificação máxima do Origem Sustentável ao alcançar mais de 80% dos 104 indicadores avaliados pela auditoria. A coordenadora Jurídica e de Meio Ambiente da empresa, Gabriela dos Reis Schmidt, destaca que ambas as plantas da indústria, em Campo Bom/RS e Conceição do Jacuípe/BA, utilizam 100% da energia elétrica produzida a partir de contratação no âmbito do Mercado Livre de Energia, ou seja, de fontes renováveis. Além de economizar no custo com energia, a empresa ganha em sustentabilidade.
Outro componente importante do rol de iniciativas de ESG da FCC é o fato de a empresa não enviar nenhum resíduo para aterros sanitários. “Hoje, reaproveitamos boa parte dos nossos resíduos e os que não reciclamos enviamos para coprocessamento, transformando-os em cimento para a construção civil”, conta a coordenadora, ressaltando que a empresa mantém uma Central de Reciclagem na sede de Campo Bom, onde separa os resíduos que podem ou não serem reaproveitados.
Social
Com 600 colaboradores empregados nas suas duas unidades, a FCC possui forte trabalho social, com funcionários e com as comunidades em que está inserida. O Projeto Pescar é um bom exemplo. Com alunos e alunas em situação de vulnerabilidade social, a empresa promove cursos profissionalizantes na área industrial. “É um ano de curso, sendo 6 meses de aulas teóricas e 6 meses de práticas, pelas quais os alunos passam pelos diferentes setores da produção”, informa Gabriela, acrescentando que, em junho, será formada a primeira turma do Projeto. “Assim, contribuímos com eles e com a empresa, que consegue formar mão de obra aqui. Alguns dos alunos, inclusive, já estão com contratos de estágio garantidos”, diz. A segunda turma está em formação e será formada até o dia 30 de junho. As inscrições estão disponíveis no site da empresa.
Para os funcionários, Gabriela lista benefícios como disponibilização de plano de saúde, subsídio de 80% do valor das refeições feitas nos refeitórios da empresa e complemento de previdência privada para todos os colaboradores.