Quando se fala em carros conectados, a maioria das pessoas pensa em central multimídia e aplicativos. Mas há uma revolução muito maior em curso nos bastidores dessa tecnologia, que está transformando os padrões da indústria automotiva. Esse foi o tema do primeiro encontro da série Ford Experts, criada pela marca para debater temas voltados à inovação e tecnologia do setor, reunindo jornalistas, especialistas e convidados.


A Ford foi a primeira empresa automotiva a oferecer conectividade de série e sem custo em sua linha no Brasil, com modem embarcado de fábrica. Agora, a companhia apresenta outra ferramenta para ajudar a promover essa revolução: o Command Center, uma plataforma pioneira criada pela engenharia brasileira para monitoramento da saúde dos veículos conectados da Ford América do Sul.
O seu diferencial é integrar sete sistemas diferentes, como os de manufatura, qualidade e serviços, e com auxílio da inteligência artificial, cruzar os dados e priorizá-los para que decisões sejam tomadas de forma preventiva e rápida.
Segundo Luciano Driemeier, “Todos os dias, o Command Center lê, filtra e cruza 90 milhões de linhas de dados dos mais de 100 mil veículos conectados da Ford no Brasil e na Argentina, e entrega, em poucos cliques, respostas que levariam ao menos dois dias inteiros de trabalho, se feito manualmente”, afirma o gerente global de Novos Negócios Conectados da Ford.

Rogelio Golfarb foto Tânia Müller

A central permite acompanhar os veículos desde a sua fabricação, durante o transporte, nas concessionárias até seu uso nas ruas, e tem como objetivo apontar uma situação de anormalidade antes que ela se torne um problema, possibilitando uma reação rápida e preventiva da companhia. “É uma grande mudança de paradigma na forma de pensar e trabalhar. Não utilizar mais a falha como gatilho para ações de qualidade, mas sim agir preventivamente. Tudo isso pode ser traduzido como uma melhor experiência do consumidor com o produto e com a marca”, afirma. A inteligência artificial é aliada nesse processo. Mas o que Driemeier destaca é um terceiro fator primordial na construção dessa revolução. “Apostamos nos dados dos veículos conectados e na inteligência artificial, que permite que o engenheiro desempenhe funções de maior valor. Mas não podemos contar essa história sem falar do capital humano como pilar essencial para esse cenário da mobilidade do futuro. Essa é uma mão de obra extremamente necessária, porém escassa no mercado.”