A Ford anunciou hoje (11) que vai fechar suas fábricas no Brasil , a produção será encerrada imediatamente nas unidades de Camaçari (BA) e Taubaté (SP), mantendo-se apenas a fabricação de peças por alguns meses para garantir disponibilidade dos estoques de pós-venda. A fábrica da Troller em Horizonte (CE) continuará operando até o Ford prevê um impacto de aproximadamente US$ 4,1 bilhões em despesas não recorrentes, incluindo cerca de US$ 2,5 bilhões em 2020 e US$ 1,6 bilhão em 2021.
Aproximadamente US$ 1,6 bilhão será relacionado ao impacto contábil atribuído à baixa de créditos fiscais, depreciação acelerada e amortização de ativos fixos Os valores remanescentes de aproximadamente US$ 2,5 bilhões impactarão diretamente o caixa e estão, em sua maioria, relacionados a compensações, rescisões, acordos e outros pagamentos.
Segundo a FIESP, esta decisão da Ford, depois de mais de 100 anos de atividade no país, é uma triste notícia para o Brasil e um movimento que tem de ser olhado com atenção.
A Fiesp tem alertado sobre
a necessidade de se implementar uma agenda que reduza o custo Brasil, melhore o
ambiente de negócios e aumente a competitividade dos produtos brasileiros. Isso
não é apenas discurso. É a realidade enfrentada pelas empresas.
A alta carga tributária brasileira faz diferença na hora da tomada de decisões.
O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta
dos impostos – e ainda há governantes que pensam no absurdo de aumentar
tributos, como no caso da inacreditável alta do ICMS em São Paulo. Precisamos
urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a
competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos
de que o Brasil tanto precisa.