Hoje, no Brasil 52% da população está acima do peso, sendo que destes 17% apresentam obesidade nos graus  I, II e III,   o que  favorece o aparecimento de doenças cardíacas, como derrames, AVC, hipertensão, alguns tipos de câncer, como : cólon e de mama, problemas de articulações, de fertilidade, entre outros.

 O médico gastrocirurgião, Manoel Galvão Neto, inicia no Brasil uma nova cirurgia não invasiva :a Gastroplastia Endoscópica,  uma alternativa a cirurgia bariátrica  indicada para pessoas com índice de massa corporal (IMC) maior que 35.17 kg/m²  e portadores de doenças crônicas.” O primeiro estudo foi feito no Panamá, éramos em um grupo de 04 pessoas, eu apresentei em um congresso internacional. Depois, continuamos os estudos na Espanha e nos Estados Unidos .” disse

 “Foi aprovado pelo FDA- Food and Drug Administration, e todos os estudos realizados apontam para uma perda de cerca de 50% do excesso de peso com seguimento de até meses após o procedimento e mais de 15% de perda de peso total em até três anos.Como todos os tratamentos para obesidade é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, com Nutricionista, Psicologa (o)  e Educador Físico  com  aderência plena do paciente ao tratamento, levando-se em consideração que a obesidade é uma doença   crônica e requer cuidado por toda a vida e mesmo nas cirurgias bariátricas por corte a recidiva gira em torno de 30 %“ explicou

 Os primeiros casos no Brasil, estão sendo  realizados pela equipe de professores afiliados da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC): os médicos Eduardo Grecco, Thiago Souza e Luiz Eduardo Quadros .

 

 A cirurgia  é um método de tratamento endoscópico da obesidade desenvolvido há cerca de três anos e que usa um equipamento de sutura endoscópica (endosutura) de última geração,  é capaz de oferecer efetiva e duradoura ação sobre os tecidos suturados. Como uma espécie de “pregas”, o procedimento envolve as paredes do estômago no corpo tubular, com objetivo de restringir a capacidade e diminuir o trânsito dos alimentos pelo do estômago, levando assim a saciedade precoce e induzindo perda efetiva de peso. O procedimento é feito por via totalmente endoscópica, ou seja, não há cortes ou incisões no abdômen, em que o paciente é liberado no mesmo dia e com resultados iniciais promissores. O procedimento vem sendo indicado para pacientes a partir da obesidade grau I, mas não substituindo a cirurgia bariátrica quando a mesma estiver indicada. 

 

A primeira cirurgia com este método foi feita pelo gastrocirurgião e endoscopista Eduardo Grecco, em 2016, no Hospital Universitário  Mário Covas, em Santo André, como protocolo de estudos “Em uma  cirurgia bariátrica convencional, o paciente permanece por cerca de uma a três horas na mesa de cirurgia e de dois a quatro dias na internação, na endoscópica o procedimento leva menos de uma hora e o paciente sai no mesmo dia. Assim, uma técnica mais segura e com um risco de complicação potencialmente menor Procedimentos minimamente invasivos e complexos, de menor custo, têm sido desenvolvidos com o objetivo de alcançar um maior número de pacientes”,  explicou  Eduardo Grecco.

 O preço ainda é alto, não sai por menos de 40 mil reais, por causa do custo da máquina, que já está em sua terceira geração, que é utilizada apenas uma vez.