Com o objetivo de discutir temas ligados às doenças neurológicas de origem genética, incluindo aspectos clínicos e questões relacionadas ao diagnóstico e tratamento dessas enfermidades, será realizado nos dias 23 e 24 de março de 2018 o I Congresso Brasileiro de Neurogenética. O evento, que acontecerá no Tivoli Mofarrej São Paulo Hotel, na capital paulista, é promovido pelo Departamento Científico de Neurogenética da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e pela Associação Paulista de Medicina (APM).
“O Congresso abordará inicialmente questões básicas de neurogenética, tais como conceitos de cromossomo, gene e mutação. Em seguida, vamos para uma abordagem envolvendo técnicas de diagnóstico genético, as quais incluem CGH-array, painéis de genes, exoma e o sequenciamento do genoma. Também teremos uma abordagem sobre doenças específicas, tais como doenças neuromusculares, distúrbios do movimento de origem genética, ataxias, paraparesias espásticas, doenças neurológicas hereditárias da infância, autismo, deficiência intelectual e epilepsias”, adianta José Luiz Pedroso, coordenador do DC de Neurogenética da ABN, professor afiliado da Escola Paulista de Medicina da Unifesp e presidente do Congresso.
O evento também receberá dois professores internacionais de destaque na área de neurogenética. O professor Guy Rouleau, do Canadá, pesquisador de neurologia e doenças genéticas, ministrará duas palestras: genética do tremor essencial e outra sobre genética da esclerose lateral amiotrófica. Já o professor Arndt Rolfs, da Alemanha, abordará o sequenciamento do genoma como uma técnica moderna de investigação de doenças genéticas raras.
Com expectativa de 500 participantes, o Congresso reunirá pesquisadores da área básica como biomédicos, biólogos, geneticistas, neurocientistas, neurologistas clínicos da prática diária, neuropediatras e clínicos gerais, nacionais e internacionais, para a troca de experiências e conhecimentos na área. Muitos professores brasileiros de diferentes estados, com vasta experiência nas doenças neurogenéticas, farão apresentações durante o Congresso.
“As doenças neurológicas de origem genética têm extrema importância na prática diária dos neurologistas e neuropediatras, e também como fonte importante para pesquisas. O tema se destacou na última década, devido ao desenvolvimento das técnicas mais modernas para o diagnóstico, tais como o sequenciamento do exoma. Além disso, algumas doenças neurogenéticas já possuem tratamento específico, algo que era distante da nossa realidade. Esse evento certamente irá contribuir para a geração de conhecimento, como orientações para a prática diária e para troca de experiências. Recomendações sobre qual exame solicitar, aconselhamento genético e tratamento serão abordadas durante o Congresso”, avalia Pedroso.
Para inscrições e mais informações, acesse o link http://associacaopaulistamedicina.org.br/atualizacao-medica/eventos/i-congresso-brasileiro-de-neurogenetica .