A Interfarma, Associação  da Indústria Farmacêutica de Pesquisa,  no  Dia Internacional das Doenças Raras (Rase Disease Day), celebrado ontem, dia 28 de fevereiro, fez um  café da manhã  na Casa do Saber, nos Jardins, em São Paulo, para  lançar a  edição  2018 do  estudo “Doenças Raras – a Urgência  do Acesso á Saúde “, que traz o panorama  do problema no Brasil, sob diversas  perspectivas que mostra os desafios enfrentados e o difícil cenário de diagnóstico e acesso a tratamento no país.

Maria José Delgado Fagundes, diretora da Interfarma fotos Tânia Müller

O evento contou com a  presença de  Maria José Delgado Fagundes, diretora  da Interfarma ,  da  dra. Ana Maria Martins, médica geneticista no Instituto de Genética e Erros Inatos do Metabolismo (IGEIM) e na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP),  e  Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM),  da dra. Dafne Horovitz , médica geneticista no Departamento de Genética do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz (IFF/Fundação Oswaldo Cruz) e Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM),   de Antoine Daher  da  Casa Hunter, instituição sem fins lucrativos que tem o objetivo de oferecer suporte aos portadores de doenças raras, e da dra  Ana Lúcia Langer, neuropeditra, Diretora Clínica da ABDIM-AACD e médica do Centro de Estudos do Genoma Humano do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, que na ocasião  apresentaram conceitos gerais das patologias raras , o panorama da saúde e políticas públicas, no  intuito de gerar conhecimento e desmistificar o assunto .

 

 

 Segundo o Ministério da Saúde, uma doença é considerada rara  quando afeta  uma a cada 2 mil pessoas. São aproximadamente 13 milhões de pacientes  no Brasil, que enfrentam uma série de desafios. Desde o diagnóstico, que muitas vezes é tardio por desconhecimento da classe médica, até o acesso a tratamentos de alto custo, nem sempre disponíveis no SUS.  No estudo, a Interfarma traçou um panorama das doenças raras no País, incluindo o impacto delas no orçamento do governo, por meio da judicialização da saúde, e as questões regulatórias ligadas aos chamados medicamentos órfãos, capazes de interferir na progressão da doença. Existem 7 mil tipos de doenças raras no mundo sendo que somente 100 são tratáveis  com medicamentos. Cerca de 80% é de origem genética , enquanto as demais  tem causa infecciosas, virais ou degenerativas,  Até hoje,  quase a totalidade dos tratamentos é feita com medicamentos paliativos e serviços  de reabilitação.

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