O núcleo Mulher da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing (ADVB), promoveu evento na  Loja Al Zahra, em São Paulo,  da empresária Julia De Biase, que na ocasião falou sobre a sua experiência como empreendedora no ramo da perfumaria, que começou em 2008, quando, depois de mais de 20 anos atuando como arquiteta, foi “abduzida” pelos aromas após uma viagem aos Emirados Árabes.

 

“Saí da minha zona de conforto e percebi, naquela viagem, que precisava trazer aqueles aromas para o Brasil. Mais do que um espaço de negócios, a Al Zahra (“a flor”, em português) é um pedaço de mim. Nossa loja tem a luz do oriente onde começou a história da humanidade – as ciências, a matemática e a perfumaria – e retrata o belo para o homem e a mulher por meio dos aromas”, explicou Julia De Biase, que recebeu as convidadas ao som de harpa, servindo tâmaras, que pela tradição árabe adocicam a vida e dão as boas vindas.

Segundo  Cristina Calligaris, vice-presidente da ADVB Mulher , este foi o primeiro evento “in company” promovido pelo núcleo, que pretende realizar outras incursões a empresas. “Queremos ampliar as fronteiras das nossas associadas e promover relacionamentos efetivos, com pequenos grupos, estimulando os sentidos, como numa viagem, onde é possível sentir a atmosfera, recolher impressões e levar uma lembrança única de cada evento”, revelou.

 

Julia, na ocasião,  falou  aspectos históricos e curiosos da perfumaria, lembrando, por exemplo, como a rainha do Egito Cleópatra usava um perfume para cada parte do corpo, tanto para mostrar sua autoridade como para seduzir seus amantes. “No Egito antigo apenas faraós, considerados deuses vivos, e os sacerdotes usavam perfume, pois os aromas faziam a distinção de classes, na época. As fórmulas eram guardadas e tanto os perfumes quanto o incenso eram raros como ouro”, explicou a empresária.

 

Ela falou ainda sobre a Índia, que hoje é a principal produtora de matéria-prima da perfumaria oriental; das matérias-primas nobres – sândalo, mirra, cardamomo, rosa damacena, oud, almíscar, flor de lótus, ward taifi e ambargris ou âmbar cinzento (este último, curiosamente, vem do vômito da baleia cachalote, em extinção) –  e finalizou contando sobre as lojas de nicho no Oriente Médio, nas quais o perfume é tratado como uma joia pela exclusividade do aroma e preços.