Conheci o estilista japonês Kenzo Takada, em 2008, em São Paulo, durante um almoço en petit comité, na Grife & Design, loja referência em objetos de decoração e utilidades de luxo, como Daum, Valentino, Christian Dior, Kenzo, Kosta Boda, Orrefors, Rosenthal, Sèvres, Valentino, Vera Wang, LLadró, entre outras. Na ocasião, ele lançou uma coleção de cerâmica maravilhosa.
Naquele tempo ainda não existia selfie, mesmo assim, extremamente simpático, conversou com todos e tirou fotos, falando das perspectivas para o futuro. No mesmo dia para meu espanto, sentamos lado a lado, na primeira fileira, em um desfile no 25º São Paulo Fashion Week , que tinha como tema os 100 anos da imigração japonesa no Brasil. Ele faleceu hoje, domingo (4) aos 81 anos, vítima do COVID-19.
Kenzo foi um dos primeiros estilistas japoneses que conquistou Paris. Em 1993, vendeu sua marca de prêt-à-porter, hoje pertencente ao grupo LVMH, o maior conglomerado de luxo do mundo. Ele se retirou do comando criativo, em 1999, comemorando seus 30 anos de carreira, passando a se dedicar a projetos, como o design de interiores.
Faleceu em plena Fashion Week na capital francesa, onde sua empresa K-3,, lançada em janeiro de 2020, apresentou no roseiral do Instituto Nacional de Jovens Surdos de Paris, no 5.º Arrondissement, sua coleção Primavera-Verão 2021, concebida pelo português Felipe Oliveira Baptista.