Os benefícios do ômega 3 para a saúde humana – entre eles o seu poder anti-inflamatório – já estavam comprovados, quanto mais pesquisas são feitas, mais ocorrem novas descobertas sobre as propriedades desses ácidos graxos poli-insaturados, que deveriam já fazer parte da rotina nutricional de tantos brasileiros.
“A ingestão diária e em quantidade ideal desse nutriente traz, comprovadamente, melhora nos quadros inflamatórios, como os envolvidos em algumas doenças de pele, como a psoríase e a dermatite. Além disso, ele é um aliado da saúde do coração, pois contribui de forma significativa para a redução dos triglicerídeos”, afirma a Dra. Maria Inês Harris, Ph. D e consultora da Biobalance
Um dos trabalhos mais recentes foi publicado em março no jornal Arthritis Care & Research. Nesse estudo, observou-se que o consumo elevado de ômega 3 pode ajudar na melhora do quadro de artrose nos joelhos, caracterizado pela condição inflamada das estruturas articulares (cartilagem, membrana e líquido sinovial).
Os pesquisadores avaliaram 2.092 pacientes com artrose ao longo de 4 anos, monitorando sua ingestão de gorduras totais, inclusive ômega 3. Para analisar a progressão do quadro, mediram o espaço entre os ossos que se juntam nos joelhos, normalmente a principal causa da dor e inflamação. De acordo com os resultados, as pessoas que consumiram mais ácidos graxos mono e poli-insaturados tiveram uma perda menor nesse espaço, caracterizando o controle da doença.
Em Londres, também no início deste ano, um grupo de pesquisadores descobriu novos poderes anti-inflamatórios e preventivos do ômega 3. Os cientistas apuraram que uma dieta rica nesse nutriente pode precaver problemas inflamatórios do intestino, como a Doença de Crohn, além de outras patologias graves, como obesidade e diabetes. O trabalho contou com a participação de 876 mulheres, cujo microbioma intestinal foi examinado, bem como a ingestão de ômega 3. Segundo os resultados obtidos e publicados no jornal Scientific Reports, as mulheres que consumiam maior quantidade do ômega-3 apresentavam, relativamente, uma flora intestinal mais equilibrada (bactérias boas x ruins), além um número maior de nutrientes no sangue.