Composições dos brasileiros Heitor Villa-Lobos, Osvaldo Lacerda, Radamés Gnattali e Mozart Camargo Guarnieri integram o repertório que será executado pelos músicos da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (OSUSP) na próxima edição do projeto “Cameratas”, que tem a missão de aproximar o público da música erudita. A apresentação ocorre no teatro do Sesc Santo André, em 30 de julho, às 12h, com ingressos vendidos por até R$17.

 

Composta em 1938, a obra “Bachianas Brasileiras No. 6”, de Villa-Lobos,  apresenta dois movimentos que se inspiram no choro, contudo o primeiro é combinado ao contraponto à maneira de Bach. “Assobio a Jato”, por sua vez, foi composta em 1950, época em que o compositor estava mais interessado no virtuosismo instrumental. De 1924, “Choros No. 2” é dedicada a Mario de Andrade e parte de uma série de outras 14 com este título.

Aluno de Camargo Guarnieri, Osvaldo Lacerda foi um compositor nacionalista notável por mais de uma centena de cantos, obras dedicadas à voz com acompanhamento de piano. O “Poemeto para Flauta e Piano” é como um canto em que a flauta faz a linha da voz e sua influência vem das manifestações folclóricas e religiosas brasileiras.

 

Em “Sonatina em Ré Maior”, escrita por Radamés Gnattali, famoso pelas inúmeras trilhas sonoras para filmes, rádio e TV, impera a simplicidade da forma. Ao ritmo sincopado do primeiro movimento segue a expressividade lamentosa do segundo e a vivacidade do último com efeitos de “frulatto” e “glissando”. Já “Sonatina para Flauta e Piano” foi escrita em Nova York em 1947 por Mozart Camargo Guarnieri, importante compositor nacionalista. A composição é uma das primeiras obras escritas para flauta por um brasileiro publicada no exterior.

 

O grupo da orquestra a subir ao palco do Sesc Santo André é formado pelos músicos Renato Kimachi (flauta), Tiago Garcia (clarineta), Mariana Bergsten (fagote), Sérgio Schreiber (violoncelo) e Luciana Gastaldi (piano).