Outubro foi escolhido como o mês em que toda a sociedade trabalha para a conscientização do diagnóstico precoce do câncer de mama .Trata-se do Outubro Rosa . E o P7 Criativo, que fica no icônico prédio da Praça Sete, em BH, ciente de sua responsabilidade social, entra nessa luta, ao receber o Seminário Saberes e Tecnologia Salvando Vidas. O evento reuniu representantes da saúde, da sociedade civil e do poder público, teve o objetivo de compartilhar conhecimentos e propor soluções que possam melhorar a jornada das pacientes com câncer de mama no SUS.
Uma das convidadas do seminário foi Márcia Andrade Carmo, gerente do P7 Criativo, que comentou que a iniciativa tem o intuito de estimular o debate, a troca de experiências e tecnologias para o diagnóstico oncológico. “Quando a inovação e a tecnologia atuam diretamente na área da saúde, a mudança acontece”, afirmou, explicando que, na ocasião foi lançada a Rede Mamamiga Tech em Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA). “O sistema tem o propósito de aperfeiçoar e otimizar a jornada da paciente com câncer de mama, desde o diagnóstico até o final do tratamento”, afirmou, esclarecendo que a AVA é o resultado do trabalho de seis anos e que teve o apoio do P7. “Promovemos a conexão da Associação de Prevenção do Câncer da Mulher com parceiros que possibilitaram o desenvolvimento do protótipo e do sistema”, esclareceu, dizendo que a Provenza Tecnologia e Empreendimentos Sociais, startup que criou a AVA, é uma das empresas residentes do P7 Criativo, e voltada para o serviço público de saúde e tem o intuito de auxiliar no diagnóstico precoce, utilizando, para isso, capacitações regulares e a distância dos profissionais que trabalham na ponta. A rede é composta por uma base multimídia acoplada a um simulador da glândula mamária feminina. Esse sistema contém as principais alterações a serem encontradas na apalpação do exame clínico e no autoexame das mamas.
A gestora explica que a FIEMG esteve presente durante todo o processo de desenvolvimento da AVA, por meio do SENAI, do Centro de Inovação e Tecnologia (CIT SENAI), do Laboratório Aberto e do P7. “A Federação participa deste projeto desde 2016 e atuou em várias frentes, até termos o resultado apresentado hoje”, explica.
O protótipo da mama e o módulo de ensino multimídia de ensino continuado utilizam tecnologias desenvolvidas pelo SENAI-MG. O sistema abarca o treinamento de mamografia, o exame clínico, o autoexame e o ensino continuado. “Procuramos entender o universo de quem iria utilizar o produto. Pensamos no olhar feminino, em formas arredondadas e na usabilidade do protótipo”, conta Ricardo Nascimento, instrutor do SENAI Contagem, que esteve envolvido no projeto. “A mama já estava desenvolvida e precisamos nos adequar à primeira geração do produto, que foi desenvolvido pelo Cefet-MG”, comenta Nascimento, um dos responsáveis pelo design do produto.
“Com a AVA, os profissionais poderão entender melhor como fazer o diagnóstico precoce, possibilitando, desta maneira, a busca de pacientes para o início do tratamento”, afirmou Thadeu Provenza, diretor da Provença Tecnologia Social, Empreendimentos Sociais e sócio fundador da Associação de Prevenção do Câncer da Mulher.
Segundo Provenza, o Sistema S, por meio do SENAI e Sebrae, foi fundamental para transformar a tecnologia social em tecnologia digital. Para ele, toda atuação nesta área implica em desenvolver um produto ou serviço e fazer com que ele gere impacto social, possibilitando sua replicação em lugares diversos. Ele explicou que o programa inicial foi criado há 38 anos. “Foram mais de 400 mil mulheres beneficiadas e 80% dos casos diagnosticados estavam em fase inicial. É esse processo que nós precisamos multiplicar’, afirmou.
Além da FIEMG e do Sebrae, o desenvolvimento da Rede Mamamiga Tech em Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA) contou com as parcerias do Laboratório Roche e Cefet-MG. O Seminário Saberes e Tecnologia Salvando Vidas foi uma realização da Associação de Prevenção do Câncer na Mulher (Asprecam), com o apoio do P7 Criativo.