A Natura, quandolançou a marca Ekos em 2000, passou a utilizar ativos da biodiversidade brasileira em seus cosméticos, colaborando para aproximar a Amazônia da vida dos consumidores do Brasil e dos diferentes países onde a marca está presente. Por reconhecer a importância deste bioma, em 2011 a companhia decidiu intensificar suas ações na região e lançou o Programa Natura Amazônia (PAM). O objetivo primordial era tornar a Natura um vetor na promoção de desenvolvimento local a partir da união entre ciência, conhecimento tradicional e empreendedorismo local pela valorização da sociobiodiversidade.
Segundo Andrea Alvares, vice-presidente de Marca, Inovação, Internacionalização e Sustentabilidade da Natura. “Para ampliar o modelo de negócio de impacto positivo na Amazônia, era preciso aprofundar a presença da Natura na região. A partir daí, a Natura priorizou o relacionamento com comunidades da região, possibilitando que as iniciativas pudessem ganhar maior impacto a partir da atuação em rede”, explica
Como consequência da atuação com conservação da floresta em pé, biocomércio justo com geração de renda para famílias da região e garantia de condições seguras de trabalho, em 2018, Ekos conquistou o selo da União de Biocomércio Ético (UEBT – Union for Ethical BioTrade), que certifica boas práticas na cadeia produtiva.
Desde 2010, a Natura contribuiu para movimentar mais R$ 2,1 bilhões em volume de negócios na região com investimento em inovação, cadeias produtivas e fortalecimento institucional. Atualmente, a Natura conta com 38 bioingredientes (óleos, manteigas, óleos essenciais, extratos e derivados) da biodiversidade amazônica, empregados também nas formulações de rosto, para tratamento de cabelos e na perfumaria. Esse desempenho está diretamente associado ao crescimento em mais de sete vezes na compra desses insumos desde 2011. A meta para 2030 é chegar a 55 bioativos.
Devido as práticas regenerativas e de manejo sustentável, as cadeias produtivas da Natura contribuem para a conservação de 2 milhões de hectares de floresta em pé. “A oposição entre desenvolvimento econômico e conservação da floresta é uma falsa dicotomia. Ao demonstrarmos que é possível gerar riqueza e manter a floresta em pé, agregamos ainda mais valor à região. Hoje, a perda da biodiversidade é hoje uma das grandes ameaças à economia global”, afirma Andrea. Como parte do grupo Natura &Co – formado por Avon, Natura, The Body Shop e Aesop – a empresa passa a ter como meta ampliar para 3 milhões de hectares de área conservada na Amazônia até 2030, além de contribuir para zerar o desmatamento até 2025