A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, encerrou 2022 com a maior movimentação de sua história, com 1,16 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés de comprimento). O resultado acontece em ano recorde de produtividade operacional e é fruto de investimentos para melhor atender importadores, exportadores e armadores. O fechamento é 5% maior frente 2021, quando a empresa movimentou 1,1 milhão de TEUs.
Sucessivos investimentos em produtividade foram chave para o Terminal de Contêineres de Paranaguá crescer 5% após períodos conturbados no comércio exterior. James Cao, CEO da TCP, explica como melhorias impactaram positivamente as operações: “Nossa estrutura ampliada possibilitou ao time operacional da TCP atingir níveis recordes de produtividade, resultando em mais navios sendo operados mais rapidamente, com redução significativa no número de omissões. Para 2023, vamos potencializar o nosso parque de equipamentos e capacidade de recebimento de cargas”.
Nas exportações, o destaque foi para os congelados, carro chefe da empresa, que possui o maior número de tomadas para contêineres refrigerados entre os terminais brasileiros. Foram 208.479 TEUs, número 8% maior do que em 2021. “Um dos investimentos a ser consolidado em 2023 é a expansão do número de tomadas para contêineres Reefer, dos atuais 3.572 para 5.126. Isso nos concretizará como líder absoluto em infraestrutura para o mercado de carnes na América Latina” comenta o executivo. A empresa investe também em uma subestação de energia para sustentar as expansões. O aumento se deve também ao modal ferroviário. Um em cada cinco contêineres de exportação chegam ao terminal pela ferrovia, grande diferencial logístico da empresa, a única do sul do país com acesso direto em zona alfandegada. Com aumento de quase 40% em comparação a 2021, foram movimentados 189.014 TEUs pelo modal.
Já sobre as importações, defensivos agrícolas cresceram 136% em relação ao ano anterior, no total de 21.024 contêineres em 2022, motivados pela liberação de novas licenças de importação e diferenciais logísticos da TCP. Também foram registrados aumentos nas importações de painéis solares e geradores fotovoltaicos, com 45% de crescimento.
Em 2022, a TCP assinou a aquisição de 11 novos guindastes do tipo RTG (Rubber Tyred Gantry), conhecidos no setor como transtêineres. Os novos e modernos equipamentos devem chegar ao terminal em 2023, e fazem parte de um pacote maior de investimentos, que contempla expansão do número de tomadas para contêineres refrigerados em expressivos 43%, subestação de energia, expansão dos gates de acesso ao terminal, aplicativo para caminhoneiros e novos caminhões para transporte interno de cargas.
A produtividade de navio subiu expressivamente em 2022 no terminal. Em outubro, a empresa alcançou 202 movimentos por hora (MPH) em um navio, maior produtividade já registrada pela empresa. Segundo o CEO, o aumento do calado operacional e suporte das autoridades portuárias foi fundamental. “O tempo de espera para atracação em nosso terminal caiu de mais de 13 horas em 2021, para 7 horas apenas. As constantes ações de melhoria da Portos do Paraná, Marinha, Praticagem, ANTAQ e outras autoridades do setor surtiram grande efeito na TCP, e somos gratos pelo trabalho realizado”.
Em relação a competitividade do terminal, James Cao explica que a flexibilidade logística foi uma aposta certeira para atender o mercado. O número elevado de serviços marítimos regulares, somado à ampla gama de modais logísticos como armazéns próprios e conexões com a ferrovia, permitiu que a TCP elaborasse fluxos logísticos sob medida para seus clientes. “Para 2023, vemos que a dinâmica do mercado está voltando a favorecer exportadores e importadores, com fretes mais baixos. Com isso esperamos picos de volume maiores, os quais estamos preparados para atender.” finaliza o diretor.