Dizem que  filhinho de peixe, peixinho é! Este é o caso da artista plástica brasileira  Ylana Yaari, filha da expert jornalista Reila Criscia , CEO da Anagrama Comunicações e Eventos. Esta jovem jordanense, mudou-se cedo para  São Paulo para estudar na escola Waldorf., cuja filosofia  preza pela individualidade e liberdade na busca pelo conhecimento.  Foi com este objetivo que, aos 18 anos, resolveu se aventurar e morar em  Lisboa. Para sua tristeza,  seu primeiro salário foi roubado, após meses de trabalho num restaurante ,  aí desiludida resolveu conhecer a  Europa.

Ylana Yaari, foto Tânia Müller

Após um ano, regressou a Portugal, onde vive até hoje,  para estudar  produção musical,  e  como experiência, foi tocar em uma banda. Insatisfeita procurou outro rumo, comprou pincéis e um estojo de aquarelas, e mesmo sendo autodidata no assunto, vendeu seus quadros  na rua e nunca mais parou de pintar. Hoje Ylana está fazendo o maior sucesso no mundo,  tendo vendido seus quadros para pessoas famosas. “As minhas pinturas e esculturas tem formas abstratas , onde cada um pode encontrar significados diferentes. É este exercício que eu acho que nos faz olhar para as nossas raízes”, diz .Daí o nome da sua atual exposição  na Galeria Thema ‘Raízes Suspendidas’,  em Valência, na Espanha , que tem como curador o expert  Jorge Cueto.

 

Segundo a galerista Beatriz Aranda muitos artistas partilham a ideia de que as suas obras não têm um significado específico: “Mas o que eu acho interessante é que a Ylana defende isso como uma reflexão positiva para a humanidade. Porque também é um trabalho intelectual de interpretação, e é preciso sentir esse estímulo para continuar o processo criativo que se inicia na obra do artista”.