O resultado do IVC (Indicador de Viagens Corporativas) patrocinado pela Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas-ALAGEV, foi divulgado ontem,  pelo Professor e consultor Mauricio Emboaba Moreira, Maurício Teixeira, vice-presidente da ALAGEV  e  Felipe Mendes,  presidente da GfK no Brasil, durante a programação da 12ª edição do LACTE (Latin American Corporate Travel & Events Experience), maior encontro da indústria de eventos e viagens corporativas da América Latina, que termina hoje no Hotel Haytt, em São Paulo  

Com objetivo de realizar um diagnóstico econômico-mercadológico das viagens corporativas do mercado brasileiro no período 2016-2017 e realizar previsões de curto prazo para este negócio, o levantamento traz o Indicador de Viagens Corporativas (IVC), que é a soma dos valores das receitas das empresas que compõe as Atividades Características do Turismo – ACTs, ajustadas pelos coeficientes calculados pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA). São 8 atividades: Alojamento; Alimentação; Agências de Viagem; Transporte Aéreo; Transporte Terrestre; Transporte Aquaviário; Aluguel de Transporte; e Cultura e Lazer.


A partir de 2017 o IVC passa a contar também com metodologia alinhada às recomendações da World Tourism Organization (UNTWO), agência especializada do setor da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Segundo o  estudo  feito pela  Alagev em parceria com a GFK , com amostragem de 150 pessoas do trade, as receitas com as  viagens corporativas totalizaram R$ 78,1 bilhões em 2016,  ou seja, uma queda de 8,7% na comparação com 2015. Esta é a segunda queda seguida no indicador, que voltou aos patamares de 2011, quando a receita gerada somou R$ 79,2 bilhões.  O recorde histórico foi registrado em 2014, quando as receitas chegaram a R$ 97,3 bilhões.

 

Para Felipe Mendes,  presidente da GfK no Brasil, o setor de viagens corporativas tem correlação  alta com o PIB, sendo que 90% das variações nas receitas do setor dependem deste resultado do Produto Interno Bruto.  .


“As previsões das variações do IVC refletem as políticas monetárias e fiscais implementadas no Brasil para a saída da crise econômica. Entretanto, existe um razoável consenso de que as medidas econômicas do Governo Brasileiro estão na direção correta, ainda que existam fontes importantes de risco no cenário político. Já as previsões de crescimento do IVC para os anos de 2018 em diante se situam em patamar acima da média mundial. As projeções são mais otimistas, com expectativa de crescimento de 5,4% no IVC, baseado em um PIB 2,3% maior.”, afirmou o  consultor Mauricio Emboaba Moreira, responsável pelo estudo