Os diagnósticos de dengue via telemedicina aumentaram 68% em janeiro deste ano, se comparados à média do último trimestre de 2022, quando há aumento das temperaturas, gerando maior proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. O aumento foi identificado a partir de levantamento da Conexa, maior player de saúde digital integral da América Latina, que mostra que só no primeiro mês do ano foram 470 casos confirmados, contra a média de 280 nos três meses anteriores.

De acordo com Gabriel Garcez, diretor médico da Conexa, evitar locais que acumulem água parada em casa como pneus, garrafas e vasos de plantas é uma medida amplamente conhecida que não deve ser negligenciada. Além disso, usar repelente e instalar telas nas portas e janelas também são estratégias recomendadas. “Se já estiver com a infecção, a principal medida é se hidratar bem e fazer repouso até os sintomas cessarem. Caso ache necessário, medicamentos podem ser indicados pelo médico via consulta de telemedicina para aliviar as dores e o desconforto”.

Após o diagnóstico, além dos sintomas comuns da doença, como febre, dor de cabeça, muscular e nas articulações, cansaço e vermelhidão no corpo, é preciso estar atentos aos sinais de evolução para um quadro mais grave. O diretor médico reforça que cada pessoa pode ser infectada quatro vezes na vida, já que existem quatro sorotipos do vírus e após a primeira infecção, as demais costumam ser mais graves. “É preciso estar alerta. Os sintomas do agravamento não são tão conhecidos e identificar rapidamente esses sinais pode impactar positivamente no desfecho do quadro. Caso a febre não passe, tenha dor na barriga, sangramentos e vômitos, procure um médico.”

Para Guilherme Weigert, CEO da Conexa, o aumento da procura por telemedicina para casos de dengue reflete a mudança de comportamento da sociedade em identificar a praticidade de uma consulta online, evitando filas em pronto atendimentos. “O teleatendimento é uma forma segura de consultar um especialista sem se preocupar com aglomeração e distância geográfica. É uma ferramenta útil e eficiente para cuidar da saúde da população.”