O  Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Juniti Saito,  ontem  (10 ) repetiu, no Rio de
Janeiro, no Campo dos Afonsos, a palestra anual sobre “  O Estado da Força” com
que brinda – sempre em Outubro – aos Brigadeiros e alguns Coronéis reformados
residentes na área.
É a sétima
que profere, e ainda vai repeti-la. A deste ano é uma “prestação de contas” que
oferece aos seus colegas de farda.
Dois
assuntos permearam as rodinhas depois da palestra do comandante: o destino do
Campo dos Afonsos e as expectativas para aquisição de aeronaves de combate para
a FAB. Ambos desagradam a todos os militares do azul; e as opiniões são
unânimes.
O Campo dos
Afonsos é o berço da Aviação Militar no Brasil. Dali saíram os voos pioneiros
da Integração Nacional. Foi dali que decolou o primeiro CAM, depois CAN. A
opinião do comandante (ele diz que se retira em 31 de dezembro, qualquer que
seja o resultado das eleições) é de que a história não pode obstar a evolução tecnológica.
Engana-se o brigadeiro… Uma Nação se constrói sobre sua história!
Em outra
rodinha, o assunto era o FX-2, a substituição dos provectos aviões de caça
pelos Gripen suecos. Prevalecia a opinião de que, qualquer que seja o resultado
do segundo turno, a aquisição vai, na melhor das hipóteses, ser adiada mais uma
vez. Já estão acostumados. Foi assim na reeleição de Fernando Henrique Cardoso,
depois na posse e na reeleição de Lula e de Dilma e será assim qualquer que
seja o resultado das urnas no próximo dia 26. Arrasta-se, esta necessidade, há
mais de vinte anos!
É possível
supor que o mesmo se aplique às outras Forças Armadas.
 
 
(Fotos do CECOMSAER – Centro
de Comunicação Social da Aeronáutica)