Uma das mais importantes regiões vitivinícolas de Portugal, o Tejo (outrora Ribatejo) estará com stand na feira de vinhos Pro Wine SP que acontece entre os dias 27 e 29 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. Além das atividades no stand com a presença de vários produtores, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) promoverá no dia 27 de setembro às 12h30 o Seminário Três Sub-regiões – Três Terroirs com degustação de 16 vinhos no primeiro dia de Fórum Pro Wine, para demonstrar a riqueza e diversidade da região, numa apresentação que explora a forma como os diferentes Terroirs do Tejo originam diferentes perfis de vinho.
Com produção atual de 61 milhões de litros, com projeção de aumento a cada ano, a Região Vitivinícola do Tejo está localizada no centro de Portugal, próximo da capital do país é cortada pelo rio que lhe dá nome, largo e imponente, o Tejo é um dos maiores rios de Portugal. Este território vitivinícola tem uma área global de cerca de 7.000 km2, dos quais 12.500 hectares são vinhas, e abrange 21 municípios, um no distrito de Lisboa e os restantes de Santarém. As suas fronteiras são delimitadas por Tomar, Ferreira do Zêzere, Sardoal e Mação, a Norte; Abrantes, Chamusca, Alpiarça e Almeirim, a Este; Torres Novas, Alcanena, Rio Maior, Cartaxo e Azambuja, a Oeste; e Coruche e Benavente, a Sul.
O rio Tejo é o elemento central e imprime uma profunda influência na caracterização da região, principalmente ao clima e aos terroirs. Tanto que o clima da região é moderado, com temperaturas médias que variam entre os 15 e os 16,5ºC. Influenciada pelo rio Tejo, é uma região de acentuada amplitude térmica, com dias bastante quentes, que assegura a maturação da uva e noites frescas e úmidas, garantido frescor as castas e acidez natural – ideal para fazer bons vinhos e com potencial de guarda.
As principais castas brancas são Fernão Pires (Maria Gomes), Arinto (Pedernã), Verdelho, Alvarinho, Chardonnay e Sauvignon Blanc; e as castas tintas, são Castelão (João de Santarém ou Periquita), Trincadeira (Tinta Amarela ou Trincadeira Preta), Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Syrah, Cabernet Sauvignon e Aragonez (Tinta Roriz ou Tempranillo).
Fernão Pires é a casta mais expressiva da região vitivinícola do Tejo, sendo amplamente utilizada na produção de vinho branco. No copo dá origem a vinhos de aroma frutado e floral e com acidez média que lhe conferem frescor. É uma casta extremamente versátil que está presente na composição de vinhos brancos, frisantes, licorosos e até em colheitas tardias.
A região dos Vinhos do Tejo tem uma área total de vinha a rondar os 12.500 hectares, dos quais 2.500 dão origem a vinhos com denominação de origem DOC do Tejo e 5.000 hectares a vinhos com selo de certificação IG Tejo. Ela possui ótimas condições naturais para o cultivo da vinha e para a produção de vinhos, onde o frescor fornecido pela natureza é evidente. Uma região onde uma jovem geração de viticultores e enólogos, que sabem aliar os conhecimentos adquiridos nas universidades à tradição das gerações que os precederam, cria vinhos consistentes e de grande qualidade, com estilos empolgantes e diferenciados. O Tejo tem alguns dos mais vibrantes e acessíveis vinhos de Portugal, oferecendo uma gama diversificada de estilos que apelam a uma variedade de gostos e orçamentos. Um famoso crítico Inglês explicou isto numa frase muito simples «hot days, cold nights, cool wines».
Nos brancos, o perfil traduz-se em vinhos muito aromáticos com a presença de fruta tropical, citrina também frescos e muito elegantes. Os vinhos tintos são muito equilibrados, frescos e com taninos elegantes. No nariz a fruta é uma presença garantida. Nos tintos de guarda a madeira pode estar presente, mas de uma forma discreta. A região do Tejo produz também excelentes vinhos rosés, espumantes, frisantes – que é menos gaseificado do que espumante e pode ser mais ou menos doce – e que podem ser apreciados em momentos de convívio fora das refeições, mas também licorosos e colheitas tardias.