A Ferragamo apresentou a coleção SS23, do novo diretor criativo Maximilian Davis, durante a semana de moda de Milão, e o novo logotipo da marca, desenhado pelo renomado designer Peter Saville.

Na sua  estreia  Maximilian Davis, na grife de luxo italiana, o designer revela um novo amanhecer para a marca: um renascimento de sua história em Hollywood. “Eu queria prestar homenagem ao início de Salvatore trazendo a cultura de Hollywood – mas a nova Hollywood”, explica Davis. “Sua facilidade e sensualidade; seu pôr-do-sol e o nascer do sol”.

No desfile  que aconteceu no palácio do ex-seminário do Arcebispo de Milão, malhas, seda líquida e camadas de organza, mas aparece fundamentada por sandálias de camurça tiradas da realidade renascentista, e o fascínio tangível dos acessórios lustrados, couros brilhantes, ajustes de segunda pele e micro shorts, tops, golas polo, leggings,  e brilho de cristais

foto assessoria Ferragamo Brasil

A alfaiataria transforma os clássicos tropos masculinos dos executivos dos anos 80 em um guarda-roupa moderno: de proporções perfeitas, alta qualidade refinamento formado a partir de tecidos muitas vezes reservados para roupas femininas. O smoking está impregnado de uma nova energia: camisa cortada em organza de seda e popelina de algodão; colarinhos ou mangas retiradas. A bolsa Wanda – introduzida pela primeira vez em 1988 e com o nome da esposa de Salvatore – é reinterpretada em novas e elegantes proporções, enquanto uma bolsa de ombro prismática carrega uma sensação de modernidade minimalista. “Eu quero que cada peça pareça divertida, mas também desejável como um objeto”, diz Davis. “Para ficar por conta própria”.

Foto assessoria Ferragamo Brasil

As formas orgânicas são traduzidas com precisão linear. O novo salto Elina está nitidamente definido, enquanto o ressurgimento de uma bolsa recortada, agora realizado em couro envernizado com um interior de lona contrastante, ecoa as formas onduladas da joalheria escultural. Lenços flutuantes parecem aerodinâmicos; as estampas de arquivo reduzidas, redesenhadas e reimaginadas. Drapeadas em novas formas, elas revitalizam os códigos de formação do DNA Ferragamo. “Tratava-se de examinar o arquivo e estabelecer o que poderia ser redefinido para tornar-se relevante para hoje”. explica Davis.

Uma paleta extraída de Rachel Harrison’s Sunset Series coloriu estampas em degradê e malhas tingidas à mão; do branco óptico ao índigo profundo, amarelo-manteiga suave ao azul celeste. Um novo Pantone vermelho codifica formalmente a tonalidade icônica da marca, dominantemente visível em todo o e dentro do espaço do desfile, colorindo a areia que cobre o piso. “A areia relaciona-se com Ferragamo, com Hollywood, com o oceano – mas também para mim, e para o meu próprio DNA”, explica Davis. “Para o que o mar significa para a cultura caribenha: um lugar onde você pode ir para refletir e sentir-se em um só lugar. Eu queria mostrar essa perspectiva, mas agora através das lentes Ferragamo”.