A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA – International Air Transport Association) recebeu de forma positiva o anúncio dos resultados dos testes do Comando de Transporte dos Estados Unidos (US Transcom), que confirma o baixo risco de transmissão de COVID-19 a bordo de uma aeronave.

Os testes do US Transcom, que foram realizados em agosto, descobriram que “o risco geral de exposição a patógenos aerossolizados, como o coronavírus, é muito baixo” nos tipos de aeronaves normalmente contratadas para transportar funcionários do Departamento de Defesa (DOD) dos Estados Unidos e suas famílias, segundo o US Transcom. Foram realizadas mais de 300 liberações de aerossol simulando um passageiro infectado com COVID-19 ao longo de oito dias usando aeronaves Boeing 767-300 e 777-200 de corredor duplo da United Airlines.


“Na semana passada, a IATA relatou que desde o início de 2020, houve 44 casos de COVID-19 relatados em que a transmissão pode estar associada a uma viagem de avião, dentre 1,2 bilhão de passageiros que viajaram desde o início de 2020. A pesquisa do US Transcom fornece mais uma evidência de que o risco de infecção a bordo de uma aeronave parece ser muito baixo, e certamente menor do que muitos outros ambientes fechados”, disse Alexandre de Juniac, Diretor Geral e CEO da IATA.

Os testes mostraram que o aerossol foi “rapidamente diluído pelas altas taxas de troca de ar” em uma cabine de aeronave. Em média, as partículas de aerossol permaneceram detectáveis por um período de menos de seis minutos. Os dois modelos de aeronaves testados removeram partículas 15 vezes mais rápido do que um sistema de ventilação doméstico comum e 5-6 vezes mais rápido “do que as especificações recomendadas para projetos de modernas salas de operação de hospitais ou salas de isolamento de pacientes”. Os testes foram realizados com e sem máscara na simulação com um passageiro infectado.


Os testes foram realizados em parceria com a Boeing e United Airlines, e com a Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA), a Zeteo Tech, a S3i e o National Strategic Research Institute da Universidade de Nebraska.