Para a ABIT, foi positiva a redução de 0,5 ponto percentual na Selic, decidida nesta quarta-feira (31 de janeiro) pelo Copom, mas a taxa, agora de 11,25%, segue muito alta. Já está na hora de acelerar o ritmo da queda para que a economia possa crescer mais do que o previsto atualmente e viabilizar a retomada do consumo e da produção industrial.

O trabalho do Banco Central foi bem-feito, conduzindo a inflação, que foi de 4,6% em 2023, para o intervalo previsto na política de metas. O índice representou recuo de 1,2 ponto percentual em relação aos 5,8% de 2022. E, num olhar futuro de curto prazo, a tendência é de continuidade de queda, conforme mostra o Boletim Focus da instituição.

Confrontando-se a Selic com a inflação, percebe-se que o Brasil tem uma das taxas de juros reais mais elevadas do mundo. Por isso, há espaço e é importante acelerar a redução da Selic, contribuindo para a retomada de níveis mais robustos de crescimento e melhoria da competitividade. A política monetária é um dos fatores determinantes do crescimento econômico. Quando o preço do dinheiro é maior do que a taxa de retorno dos investimentos e do que a capacidade de crédito para o consumo, a economia não se desenvolve em seu pleno potencial.