A 18ª edição da pesquisa da série exclusiva, realizada pela ABIH – SP, traz o desempenho acumulado da hotelaria paulista durante o ano de 2021. Os números mostram a dura e longa caminhada na direção da recuperação, por conta da pandemia C-19, como um todo e, mis recentemente, os efeitos nefastos da variante Ômicron.
O presidente da ABIH-SP, Ricardo Roman Jr., analisa, com realismo, o quadro evolutivo da hotelaria paulista. “Estamos em processo de recuperação, mas temos muito chão pela frente, para chegar aos números anteriores à pandemia. O desafio ainda é grande, para pagar os passivos acumulados durante a pandemia”, assinala o dirigente.
A taxa de ocupação de 2021 ficou em 34,45%. Esse número é 31,33% acima do resultado de 2020. Porém, em relação a 2019, mostra queda de 45,8%. A diária média, de janeiro a dezembro de 2021, registrou a marca de R$ 234,43. Isso representa recuo de 8,09% em relação a 2020. E, quando se compara com o resultado anualizado de 2019, a queda chega a 24,84%.
Quanto ao índice RevPar, verificou-se o percentual de 80,76. Isso representa incremento de 13,93% na comparação com 2020. Entretanto, quando o cotejo é feito na comparação com 2019, a queda alcança 59,36%.
Pesquisa foi realizada de forma independente e adotou alguns comparativos com dados de outras entidades para rerratificar as análises. Entre outras, as entidades de referência e comparação foram InFOHB, Observatório do Turismo de São Paulo, Visite Campinas, ACE Ilha Bela, Caraguatatuba e São Sebastião.
No tocante ao Carnaval 2022, a ABIH-SP realizou pesquisa antes da alteração das datas do evento – desfiles foram postergados para feriado de Tiradentes. Sondagem focou os impactos gerados em função da variante Ômicron.
Os hotéis paulistas entrevistados declararam que o impacto médio de perda de ocupação e receita chega a 35%, por conta da variante Ômicron. Presume-se que a alteração das datas dos desfiles causarão outros impactos, que serão mensurados em momento oportuno.