No último dia 31 de maio, na primeira reunião do Conselho de Educação e Treinamento da FIEMG desta gestão, o presidente da Federação, Flávio Roscoe, reforçou o desafio de que o grupo trabalhe para estabelecer parâmetros, padrões mais altos para o ensino público no Estado. “Neste momento, cabe a nós apontar algumas alternativas, cabe ao conselho fazer um estudo”, sugeriu Roscoe ao empresário José Arthur Batista de Oliveira.

Flávio Roscoe e José Arthur Batista de Oliveira foto Sebastião Jacinto Jr

 

“O desafio é de a gente tentar estabelecer parâmetros para a Educação, não somente do SESI, SENAI, mas também influenciar toda a educação básica do Estado de Minas Gerais. Acredito que temos um grande desafio pela frente, já que, durante esta pandemia, a Educação, infelizmente, ficou muito prejudicada, com o fechamento das escolas. Temos uma defasagem educacional absurda. É uma tragédia do ponto de vista da Educação, da sociedade, como um todo. É um peso que essas pessoas vão carregar, esses jovens, essas crianças, por muitos anos pela frente”, ponderou Roscoe.
Para o presidente da FIEMG, o SESI tem o desafio de começar a influenciar as políticas públicas na área de Educação e o conselho pode ajudar nisso. “O SESI é um case perfeito, do ponto de vista de política pública, porque a gente tem o aluno do mesmo nível socioeconômico da escola pública. E como a gente alcança resultados diferentes, tendo o mesmo aluno? Temos tudo para ajudar nessa política pública e o SESI pode ser um bom experimento para apoiar o poder público a implementar e fazer esse salto de qualidade necessário”, reforçou, lembrando que, “quando havia o tabelamento do Enem, as nossas notas, de alunos de mesmo nível socioeconômico, são 30% maiores do que as de alunos da rede pública de Minas Gerais”.
Roscoe voltou a informar que as escolas do SESI e SENAI vão chegar à marca de 200 mil alunos, até o final deste ano. “É um 1% da população de Minas Gerais estudando em ambas. Essa é a nossa meta. É um número muito expressivo, o SENAI hoje está com 140 mil alunos e, o SESI, com 30 mil. Nesta nova gestão, nosso objetivo é o SESI chegar a 50 mil alunos e o Senai a 200 mil”, frisou

 

Segundo o  presidente, está sendo feita uma revolução, do ponto de vista tecnológico, nas escolas do SESI e do SENAI no Estado. “E o nosso objetivo é ter as escolas mais tecnológicas do Brasil. No SESI, a gente já atingiu isso. E, no SENAI, estamos fazendo um amplo trabalho de reestruturação e remodelação de todas as nossas unidades, para dar o up to date tecnológico também”, disse.
José Batista respondeu que o Conselho de Educação e Treinamento da FIEMG aceita o desafio dado por Roscoe. “Estamos muito entusiasmados de poder dar essa contribuição pessoal. Tenho certeza de que, ao final, vamos deixar um legado importante para a sua gestão. A gente não tem dúvida nenhuma de que a qualificação profissional e o SESI, sua missão é muito bonita, muito grandiosa, e nós não abrimos mão de deixar uma contribuição importante”, garantiu.
A reunião contou ainda com explanações do gerente de Tecnologia para a Indústria do SENAI, Ricardo Aloysio, que, em resposta ao presidente do conselho, falou sobre as capacitações oferecidas para a mão de obra que atende à indústria da mineração no estado. Ele informou, por exemplo, que, desde 2018, o SENAI MG mantém contato com um grupo de representantes dos departamentos de recursos humanos das mineradoras, para atender às demandas dessas empresas sobre formação de mão de obra especializada.
Pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Rejaine Cristina de Almeida, da Gerência de Educação Executiva, explicou que o IEL tem como estratégia transformar a indústria por meio da capacitação e da educação. Ela destacou o trabalho do Instituto na educação acadêmica e executiva, no preparo de especialistas, desenvolvimento de líderes e na inserção de pesquisadores na condição de bolsistas.