A Família Salton acaba de divulgar os resultados de uma iniciativa inédita no setor vitivinícola. Elaborado em parceria com a Universidade de Caxias do Sul (UCS), o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) identificou o impacto ambiental da vinícola, mapeando as melhores práticas e preparando a companhia para reduzir suas emissões. Os parâmetros utilizados nessa iniciativa são reconhecidos internacionalmente e, até então, não há registros de outros dados nacionais do setor nessa metodologia.

 

As emissões foram medidas nas quatro unidades da Salton – em Bento Gonçalves/RS, Santana do Livramento/RS, São Paulo/SP e Jarinu/SP. “O inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE’s) é considerado o primeiro passo para que uma instituição possa contribuir no combate às mudanças climáticas, já que é realizado todo diagnóstico das emissões atmosféricas”, explica a professora Vânia Elisabete Schneider, que ocupou o cargo de diretora do Instituto de Saneamento Ambiental da UCS (ISAM-UCS) durante a pesquisa.

 

O inventário contempla três escopos: emissões e remoções diretas de GEE (1), emissões indiretas de GEE pelo consumo de energia (2) e outras emissões e remoções indiretas de GEE (3). “O projeto foi dividido em duas etapas, sendo a primeira envolvendo o escopo 1 e 2. E a segunda fase contemplando o escopo 3 e estratégias para reduzir e mitigar as emissões já mapeadas. Entretanto, diante das observações realizadas por conta deste estudo, diversas iniciativas já estão acontecendo. Como, por exemplo, preservação de áreas, investimentos em energias alternativas e até mesmo substituições de empilhadeiras convencionais por equipamentos elétricos. Já estamos aplicando algumas movimentações bem importantes”, explica Maurício Salton, diretor-presidente da companhia.

 

No inventário  a vinícola contabilizou 950,54 toneladas de CO²e emitidas, contra 15.786,91 de toneladas removidas. O mapeamento dos escopos 1 e 2, portanto, resultou positivamente em um balanço final de emissões e remoções de CO2 de 14.836,38 toneladas. Foram considerados, nesse primeiro inventário da Salton, emissões de atividades agrícolas, processos industriais, gerações de resíduos e compra de energia elétrica. “Além de abrir caminhos mais sustentáveis para toda a cadeia vitivinícola, a pesquisa faz parte do nosso compromisso de nos tornarmos uma companhia carbono neutra, até 2030, jornada iniciada com diversos projetos, alguns há mais de 10 anos” completa o diretor-presidente.