O mais antigo
vinho da impressionante coleção de Vintages da Ferreira foi leiloado na
Torre de Londres, pela prestigiada Sotheby´s, no âmbito da comemoração dos 200
anos da Batalha de Waterloo.
 
 
 A garrafa de Porto Ferreira Vintage 1815 foi
licitada por 6.800€, que numa homenagem ao espírito filantrópico de Dona
Antónia Adelaide Ferreira, a grande mulher do Douro e impulsionadora desta
marca, serão doados a uma instituição de caridade.

 

No
Douro, o tempo ultrapassa a barreira da vida, arrastando consigo a sabedoria
das gentes que, 200 anos depois, chega até nós como um presente exclusivo. “The
Luxury of Time” é o mote de uma iniciativa que revela que o tempo anuncia, de
facto, o prazer dos vinhos mais especiais. Foi assim que começou a noite, num
evento muito concorrido e emotivo, onde Fernando Guedes, CEO da Sogrape,
anunciou os grandes motivos que levaram à realização deste projeto: “Este
leilão resulta da conjugação de três simples fatores. A nossa paixão pelo
vinho; o respeito que temos pela história e tradição; e angariação de fundos
para a caridade”.

Porque
o objetivo inicial deste momento sempre foi elevar a imagem e reputação do
Vinho do Porto mas, simultaneamente, contribuir para uma causa, a APELA,
associação que ajuda doentes e familiares que sofrem de Esclerose Lateral
Amiotrófica, foi a associação escolhida para beneficiar dos 6.800€ que ontem
estabeleceram um novo recorde para os leilões de Vinho do Porto.

Dois
séculos passados naquela que é considerada a mais emblemática garrafeira de
Vinho do Porto, sobrevivendo a guerras e glórias, esta garrafa de Ferreira
Vintage 1815 assume agora nova morada. O seu destino daqui em diante, apenas ao
seu novo dono inglês diz respeito. Sobre as outras grandes colheitas que
permanecem nas caves Ferreira, em Vila Nova de Gaia, Fernando Guedes assegura:
“É um legado que não só admiramos e respeitamos, mas estamos empenhados em
desenvolver e construir para as próximas gerações”. E termina: “Que daqui a 200
anos, outros possam ter esta sorte, porque afinal, com história se faz
história”.