A Ford apresentou numa live esta semana o programa global de competição da marca para a temporada 2024, considerado o mais ambicioso da sua história. Jim Farley, presidente e CEO da Ford, comandou o evento com a presença de membros da família Ford, incluindo Bill Ford, presidente do Conselho da empresa, pilotos e o time da Ford Performance, divisão de carros de alto desempenho da marca – veja aqui.

“Em 1901, Henry Ford venceu uma corrida e usou o dinheiro para fundar a Ford Motor Company. É assim que tudo começou”, disse Jim Farley. “A Ford tem uma incrível herança nas competições, faz parte do seu DNA. E vamos correr para vencer em todo lugar e inspirar as pessoas.”
O “dream team” montado pela Ford Performance para a temporada reúne mais de 40 pilotos e técnicos de primeira classe para disputar diferentes categorias ao redor do mundo. Entre eles, estão nomes como Vaughn Gittin Jr., Joey Logano, Harry Tincknell, Joey Hand, Dirk Muller e Sergio Perez.

O carro-chefe é o Mustang, nas versões GT4, GT3 e Dark Horse. Ele estará na Nascar, Fórmula Drift, IMSA, NHRA, SRO, Mundial de Endurance – incluindo Le Mans – e Supercars na Austrália, além do Mustang Challenge.
“Há várias grandes marcas de carros. Mas o Mustang é único carro no mundo que corre em seis continentes, em qualquer fim se semana. Ele vai comemorar o 60º aniversário e, ao contrário de muitos de nossos competidores, nunca saiu de cena. Isso é a Ford”, destacou o executivo.
 

A Ford quer dominar também as competições off-road, com o Bronco, Ranger, F-150 e suas versões Raptor no Campeonato Mundial de Rali, Dakar, Baja 1000, King of Hammers, Score International e Ultra4, entre outras categorias. O retorno da Ford à Fórmula 1, em parceria com a Red Bull, está marcado para 2026, quando a categoria passa a usar combustível 100% sustentável. Ao mesmo tempo, a marca vai desenvolver protótipos elétricos de demonstração que prometem entusiasmar o público, como a F-150 Lightning Switchgear, picape off-road com pneus de 37,5 polegadas.
A investida da empresa  nos maiores palcos do automobilismo global não busca só adrenalina, potência e vitórias. A estratégia faz parte de um novo modelo de negócio que inclui a venda de carros de competição, peças, merchandise e também experiências.  “Nós costumávamos correr e assinar um cheque polpudo para a área de marketing. Agora, pela primeira vez, achamos que as corridas podem ser um negócio capaz de se sustentar sozinho”, explicou Jim Farley.
A tecnologia continua a ser outro pilar do programa de competição, levando a experiência das pistas para os carros de rua, e vice-versa. “Nós temos a Raptor porque nós corremos na Baja 1000. E não teríamos um Mustang GTD se não tivéssemos ido a Le Mans. Da mesma forma, agora temos um freio drift no nosso Mustang de série por causa da Fórmula Drift. As corridas estão realmente ligadas ao nosso desenvolvimento do produto”, afirmou o executivo.