A 2ª edição do Fórum Norte Nordeste da Indústria da Construção, acontece entre os dia 27 e 29 de setembro, no Centro Cultural Cais do Sertão, em Recife.  Na pauta , as necessidades, anseios e conflitos de cada um e definir um planejamento estratégico para a progressão dessas regiões no setor da construção em Recife.Um dos temas no evento é sobre a revitalização de Centros Históricos em todo o país, que  terá o  Prefeito de Recife, João Campos  no comando do painel,  que  conta com a  arquiteta Ariadne dos Santos Daher, doutora em Gestão Urbana e sócia da Jaime Lerner Arquitetos Associados, que desenvolve projetos para o centro de São Paulo e de Santos

Entre as presenças confirmadas, estão a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB); o ministro da Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, do PDT; o ministro das Cidades, Jader Barbalho, do MDB; o secretário nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira; o diretor nacional de Habitação da Caixa, Rodrigo Wermelinger; e o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
Coração econômico, histórico e cultural do Recife, os bairros do centro convivem com a movimentação do comércio, com a inovação do parque tecnológico e agitada vida cultural, mas também com os desafios construídos ao longo de muitos anos.   Para pensar essa área da cidade de maneira integrada e explorar toda sua potencialidade, a Prefeitura do Recife lançou, em novembro de 2021, no auditório do Cais do Sertão, o Recentro. “A iniciativa prevê a manutenção, cuidado, intervenções físicas estruturantes e o desenvolvimento de processos sociais, culturais e econômicos necessários à transformação urbana sustentável e inclusiva, com incentivos fiscais para empreendedores destas áreas. Em dois anos já atraiu cerca de R$ 326 milhões em investimentos privados e a própria Prefeitura está executando projetos públicos da ordem de R$ 100 milhões no território do centro.”, destaca João Campos, Prefeito de Recife.
O prefeito faz questão de ressaltar a importância da revitalização de centros históricos, com um olhar atento à habitação e urbanização “É tema central para o desenvolvimento de todos os países do mundo. Revitalizar os nossos centros históricos não significa apenas preservar o passado, mas, sobretudo, investir no futuro, promovendo e melhorando os espaços públicos e a experiência urbana, valorizando nossa memória coletiva e fortalecendo nossa identidade cultural”,  diz    “A revitalização  não deve ser vista apenas como um ato de restauração de prédios antigos. É uma oportunidade de reprogramar essas áreas como lugares onde as pessoas possam viver e prosperar, trazendo soluções inovadoras para os desafios urbanos”, completa João Campos.

 

Rafael Simões, Presidente da ADEMI/PE, parceira do FNNIC, reforça que há um consenso crescente que aponta a escassez de moradia no centro do Recife como a principal razão para a falta de vida e atividades econômicas nesta região. “O elemento crucial para a revitalização efetiva do centro é, portanto, a oferta de moradias. Essas devem ser diversificadas, atendendo tanto a alta quanto a baixa renda, para criar um ambiente urbano verdadeiramente vibrante e inclusivo”, afirma.

 

Contudo, vários desafios precisam ser superados para tornar essa visão uma realidade. Rafael cita as questões fundiárias complexas, os altos custos de requalificação de imóveis e as rigorosas exigências de preservação do patrimônio histórico. “Esses fatores prolongam os prazos de licenciamento e podem desestimular o investimento. Para acelerar o desenvolvimento, atraindo mais investimentos imobiliários e moradias para o centro é fundamental tornar o bairro um ambiente mais previsível do ponto de vista de licenciamento, regularizar o nó fundiário dos imóveis antigos e investir em mais urbanismo”, completa.