Amanhã ,28 de janeiro,  é o  o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo,  e  a Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), entidade que representa o varejo de moda, tem motivos para comemorar. Isto porque o Programa ABVTEX – considerado o maior esforço setorial da cadeia de valor da moda no Brasil em prol da responsabilidade social, do compliance e na promoção do trabalho digno, combatendo o uso de trabalho análogo ao escravo, infantil e estrangeiro irregular por fabricantes e seus subcontratados – alcançou resultados bastante expressivos em seu balanço anual.

 

Em dezembro de 2021, foram contabilizados 381.535 trabalhadores diretamente impactados pelo Programa, com seus direitos garantidos e atuando em condições de saúde e segurança adequadas. São oriundos das 3.674 empresas aprovadas no ano passado, localizadas em 629 munícipios, em 18 estados brasileiros.

Edmundo Lima, foto divulgação

Segundo Edmundo Lima, diretor executivo da entidade, os varejistas de moda associados à ABVTEX uniram forças para combater o trabalho análogo ao escravo e práticas ilegais entre fornecedores e subcontratados das marcas. O Programa ABVTEX inclui um checklist completo avaliado por auditores externos. “Trata-se da única ação brasileira em âmbito setorial na moda”, informa

Segundo ele, a conscientização dos consumidores na questão da sustentabilidade na moda contribui significativamente para este novo cenário. “Faz parte do consumo consciente a busca por transparência das empresas e a preocupação com as condições de trabalho oferecidas na produção das peças que usamos, seja na cadeia produtiva de confecção ou de calçados”, diz.

 

Se por um lado, a ABVTEX atua na conscientização da indústria para a problemática, por outro vem envolvendo cada vez mais o consumidor em suas ações. A entidade lidera o movimento ModaComVerso, que tem o objetivo de sensibilizar cada vez mais a sociedade para as questões sociais e ampliar o conhecimento sobre o setor e os bastidores da moda. “Buscamos aumentar a transparência e dar visibilidade das informações às pessoas sobre como as roupas e calçados são produzidos, com quais critérios de responsabilidade social e sob quais condições de trabalho estes trabalhadores da moda estão submetidos ao longo desta cadeia de valor”, aponta Lima.