Os Ministérios da Saúde, Justiça, Infraestrutura, Turismo, Casa Civil e a Embratur aprovaram a temporada nacional de Cruzeiros 2021/2022, que agora terá seus protocolos detalhados e definidos pela Anvisa, para que a navegação seja realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022. Com isso, milhares de brasileiros poderão se juntar às mais de 2 milhões de pessoas que já voltaram a navegar pelo mundo desde que os cruzeiros retomaram suas operações com sucesso, em cerca de 50 países.

Foram meses de deliberações e apresentações detalhadas dos protocolos de segurança, criados por médicos, cientistas e especialistas, que já foram implementados pela CLIA e pelo setor de Cruzeiros ao redor do mundo, com aprovação das autoridades sanitárias de cada região, e que mostram que o setor está preparado para navegar em segurança.

Esses procedimentos estão aptos para possíveis ajustes de acordo com o cenário da pandemia e, também, às exigências de cada país. Entre os principais pilares que serão detalhados e definidos pela Anvisa, estão: testes pré-embarque em todos os hóspedes, com triagem rigorosa; tripulantes vacinados, com três testes antes de entrar em serviço e quarentena; uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida, ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes; e plano de contingência com corpo médico especialmente treinado e estrutura com todos os modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes. Além disso, as excursões seguirão os protocolos das Companhias Marítimas e dos municípios, para que as pessoas possam desfrutar ao máximo do lazer com muita segurança.

Para a temporada 2021/2022, estão previstas sete embarcações, responsáveis por ofertar mais de 400 mil acomodações. Serão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em destinos nacionais  muito queridos e procurados pelos brasileiros, como Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo, Recife e Ubatuba. Esses números poderão sofrer ajustes, de acordo com a Portaria publicada.

A CLIA Brasil segue seu trabalho com os Ministérios para que a Portaria também aprove os Cruzeiros internacionais e está confiante de que uma solução positiva seja definida em breve, garantindo que cruzeiristas tenham à sua disposição os roteiros pela América do Sul.

Todos os detalhes, como embarcações, fotos, roteiros, escalas, estudos e impactos econômicos podem ser acessados no “Guia CLIA Brasil Temporada 2021/2022”, site informativo e ilustrado que dá acesso às páginas oficiais de cada uma das cidades e companhias citadas, que está hospedado no site da entidade.

A indústria de cruzeiros é vital para a recuperação econômica global. Em 2019, o setor gerou US$ 154,5 bilhões de Impacto Econômico no Mundo, 1,2 milhão de empregos e contabilizou US$ 50,53 bilhões pagos em salários. No Brasil, a previsão é de que a temporada traga um impacto de R$ 2,5 bilhões na economia nacional (em 2019/2020 foi de R$ 2.24 bilhões), além da geração de 35 mil empregos (em 2019/2020 foram 33.745).

Cada embarcação que volta a navegar representa um importante passo para a recuperação da economia, atendendo uma demanda reprimida de turistas apaixonados por cruzeiros. Segundo um recente estudo da CLIA, 82% dos cruzeiristas que já navegaram em outros tempos, querem voltar a fazer cruzeiros em breve.

As projeções são animadoras e mostram que, até o final do ano, 80% da capacidade da frota global estará em operação, de acordo com um levantamento da CLIA Global (Cruise Lines International Association).

Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil, foto divulgação

Para Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil, “Somos gratos por todo trabalho e empenho dos Ministérios da Saúde, Justiça, Infraestrutura, Turismo e Casa Civil, à Embratur, à Anvisa, além do apoio e parceria de todos os estados e municípios que fazem parte da temporada. Agradecemos, também, aos Vereadores, Deputados Estaduais e Federais, Senadores, sindicatos, associações, agentes de viagens, operadores, tripulantes, Portos e Terminais de Passageiros e toda a comunidade que sempre colabora com a nossa Indústria”, disse

“Estamos prontos para navegar e para oferecer as mesmas experiências únicas e memoráveis que as pessoas apaixonadas por cruzeiros estão acostumadas a vivenciar. O retorno bem-sucedido da navegação é resultado de um trabalho conjunto extremamente técnico e criterioso da CLIA e da indústria de cruzeiros para a implementação de protocolos criados por médicos, cientistas e especialistas, colocando a segurança dos hóspedes, tripulantes e das cidades visitadas em primeiro lugar”, completa Ferraz.

O compromisso com o meio ambiente também merece destaque neste momento de retomada das atividades. Mesmo durante a pandemia, os associados CLIA já investiram 23,5 bilhões de dólares em novos navios com novas tecnologias e combustível mais limpo para reduzir as emissões de carbono. A meta é reduzir em 40%, até 2030, as emissões de carbono, comparadas com 2008. Serão mais 24 navios movidos a GNL (gás natural liquefeito) até 2027.