A Rede D’Or, maior grupo de hospitais privados do país, registrou aumento de 38% nos atendimentos de pronto-socorro de pacientes com casos prováveis de dengue na última semana, entre 16 e 22/2, em comparação com a anterior. Em apenas sete dias, houve um salto de 6.548 atendimentos entre os dias 9 a 15 de fevereiro, para 9.042 na última semana. Os dados consideram 69 unidades da Rede D’Or em 13 estados e no Distrito Federal.

 

Quando comparado com a mesma semana do ano passado, o aumento é de 2.433%. Na época, eram registrados cerca de 60 atendimentos por dia. Somente ontem (quinta-feira, 22), foram mais de 1,3 mil em toda a rede.

 

O Paraná foi o estado que apresentou maior alta percentual no comparativo semanal, com 168%. A região Nordeste aparece em seguida, com aumento de 87% nos atendimentos de casos suspeitos.

 

Apesar disso, Paraná e região Nordeste apresentarem números absolutos bem menores que a região Sudeste, onde São Paulo e Rio de Janeiro concentram 71,6% dos 9.042 atendimentos da última semana, com tendência de aumento.

 

No Rio de Janeiro, o aumento geral nos atendimentos de PS em hospitais da Rede D’Or foi de 48%. As unidades com maiores percentuais de aumento nos atendimentos de casos prováveis de dengue foram o Hospital Caxias D’Or (88%), Norte D’Or (78%) e Niterói D’Or (75%).

 

Já em São Paulo, o número de atendimentos saltou 46% entre esta semana e a anterior. As unidades com maiores altas são o Hospital Aviccena, na zona leste da cidade de São Paulo, com 187% de aumento, seguido pelo Hospital e Maternidade Brasil, no ABC paulista, com 135%, e Hospital Santa Isabel, no centro da capital paulista, com 126% de aumento.

 

Para David Uip, diretor nacional de Infectologia da Rede D’Or, diante de um cenário de crescimento de casos de dengue quanto de Covid-19 no país, as pessoas podem confundir os sintomas, que costumam ser parecidos nos primeiros dias. “Por isso é fundamental buscar auxílio médico especializado, em serviços com profissionais capacitados para fazer o diagnóstico diferencial e definir a conduta clínica mais adequada para cada caso”, afirma o infectologista