Alguns materiais que compõem o vasto
leque utilizado para a elaboração das peças selecionadas para a Rio + Design,
que acontece pelo sétimo ano consecutivo, em Milão, paralelo ao Salão do Móvel,
que já possui mais de 50 anos de tradição e é considerado o evento mais
expressivo do mundo para o setor.

Esse ano, a Rio + Design focou
sua seleção na madeira e pelo segundo ano consecutivo priorizou a
sustentabilidade na escolha das peças. Promovido pela Secretara de Estado, de
Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, em parceria com a
Firjan e Sebrae, o evento vai incentivar com mais ênfase o comércio direto,
levando, inclusive, empresários do setor para conversarem com os designers na
área destinada à exposição.

“A importância da
sustentabilidade está presente em todas as discussões hoje em dia. Em se
tratando de design, temos que priorizar esse tema para aproveitar a chance de
dar maior visibilidade a quem tem essa preocupação em mente”, diz a
subsecretária de Estado de Comércio e Serviços do Rio de Janeiro, Dulce Ângela
Procópio, que integra a comissão que fez a seleção das peças.

Entre os selecionados que
priorizarão esse tema no evento estão desde o renomado Bruno Jahara que, de
volta ao Rio, onde nasceu, participa pela primeira vez do evento esse ano, com
uma coleção em argila. “Fui em busca da simplicidade, do rústico que cada vez mais
tem desaparecido do nosso dia-a-dia”, diz ele. Também há novos talentos, como
Gustavo Bittencourt, que já trabalhou com Zanini de Zanine e hoje é considerada
uma das novas grandes promessas do design carioca

Acostumado a trabalhar com
marcenaria, o designer criou a poltrona Nonô com referências tradicionais,
encaixes simples, utilizando uma combinação elegante entre palhinha e madeira.
A poltrona é desmontável o que facilita não só a fabricação, mas também toda a
logística de transporte, armazenamento, manutenção e uso.

Ainda na decoração há duas
referências em se tratando de sustentabilidade. Ângela Carvalho leva para Milão
a Linha de Luminárias Ouriço. Equipada com LEDs, a peça é formada por cabaças,
plástico e tubos de aço. Os difusores foram feitos à mão. Já Mônica Carvalho
encerou os fios e flores do imbiruçu, uma árvore típica do Cerrado, para criar
belos cachepots.

Também referência em
sustentabilidade no setor de joias, Silvia Blumberg. A artista costuma buscar
materiais inusitados para compor sua coleção. Entre outras, Silvia utilizou,
por exemplo, fios de cabelo dentro de uma resina para anéis e brincos, ou ainda
areia para compor juntamente pedras. Silvia levará para Milão anel e brinco
feitos a partir do pó de madeira.

“É uma seleção invejável, com
o que há de melhor no design brasileiro”, diz a subsecretária Dulce Ângela.

 

Rio + Design 2014 Milão

14 a 19 de abril

Via Tortona, 31 –
espaço Textile

10h às 20h

Entrada  Gratuita