No destaque Sidney Oliveira, presidente da Ultrafarma– Créditos: Luiz Ribeiro / Ricardo Vieira da Silva, analista programador do e-commerce da Ultrafarma

 Ricardo Vieira da Silva, analista programador do e-commerce da Ultrafarma-Fotos Luiz Ribeiro 

A Ultrafarma, uma das maiores redes do mercado farmacêutico brasileiro, está ampliando e lançando as marcas Sidney Oliveira e Rahda no mercado Chinês. O objetivo é comercializar as marcas próprias de suplementos alimentares, vitaminas e cosméticos pela internet para os consumidores chineses utilizando o marketplace de parceiros.

A partir de agora, a empresa venderá  para o consumidor final na China através da internet, aceitando todos os meios de pagamentos disponíveis no mercado local, inclusive o Alipay do Alibaba, que tem quase 86% dos consumidores on-line da China em sua base de clientes. O pedido será separado e enviado diretamente do Brasil, através do novo centro de distribuição em Santa Isabel, na grande São Paulo. Um contrato especial de exportação com os Correios vai possibilitar o desembaraço aduaneiro e o despacho das encomendas em tempo recorde, a ponto de chegar ao consumidor no interior China em tempo curtíssimo. Sidnei já conta com um escritório em Xangai, com equipe de atendimento ao cliente em chinês. Este é o primeiro passo dentro do maior mercado consumidor mundial atualmente.

 

A China possui hoje uma população superior a 1,3 bilhão de habitantes e uma classe média emergente que é maior que a população de quase todos os países do planeta. “Só de consumidores online a China conta hoje com estimados 461 milhões de pessoas, número alcançado graças a recente adoção em massa do uso de smartphones. O consumidor chinês vive grudado na tela de seu smartphone em todos os lugares,  que geralmente são bem cheios, e compra desde carros até roupa de baixo na internet”, afirmou  o presidente Sidney Oliveira. Os supermercados, as lojas de rua e de shopping centers, que são particularmente gigantescos na China, estão caindo na obsolescência. “Grandes produtores mundiais de produtos de consumo estão vendo suas vendas nas lojas físicas despencarem entre 20 e 30% nos últimos trimestres após mais de 20 anos de crescimento robusto e contínuo”, disse o analista programador do e-commerce da Ultrafarma, Ricardo Vieira da Silva.

O motivo da retração, diferentemente do que se imaginava, revelou-se não ser simplesmente a atual retração da economia chinesa como um todo, mas principalmente a migração de centenas de milhões de consumidores para as compras on-line, onde tradicionais marcas ainda não têm uma presença de destaque, fazendo com que percam muito mercado para marcas mais descoladas com o público do comércio eletrônico.

 

“Somado a este cenário atual, está o fato de a população chinesa não ter acesso a um nível de alimentação compatível com aquele de países mais desenvolvidos, o alto grau de poluição e a maior influência ocidental na vida dos jovens chineses, o que aumenta a demanda por produtos de padrão global de qualidade como os que a Ultrafarma está lançando”, finalizou Sidney Oliveira.