A Fundação Edson Queiroz apresenta amanhã,  de 14 de março  até o dia  9 de julho , a exposição Leonilson: arquivo e memória vivos, no Espaço Cultural Unifor, localizado no campus da Universidade de Fortaleza. Organizada pelo Projeto Leonilson,  mantido por familiares e amigos do artista cearense, e pela Fundação Edson Queiroz, a mostra, de cerca de 120 obras de José Leonilson Bezerra Dias, conta com generosa seleção de trabalhos do artista, incluindo obras inéditas. A curadoria é de Ricardo Resende, atual curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, do Rio de Janeiro, e a produção executiva da Base7 Projetos Culturais, de São Paulo, que tem reconhecida expertise na área museológica.

“A exposição  tem o diferencial de apresentar um grande número de obras inéditas e de traçar uma retrospectiva da trajetória do artista, reforçando o caráter pedagógico e de formação de público para as artes das mostras realizadas na Universidade de Fortaleza. E vai ao encontro da publicação do catálogo raisonné de Leonilson, a primeira de um artista contemporâneo brasileiro, também realizada pela Fundação Edson Queiroz, no ano em que celebraríamos 60 anos do nascimento desse grande artista cearense”, destaca o Vice-reitor de Extensão da Unifor, professor Randal Pompeu.

Além do ineditismo de várias obras, a exposição vai inaugurar a ampliação do Espaço Cultural Unifor, que terá sua área acrescida em 600 m2, e terá ainda como atrativo especial o lançamento do catálogo raisonné de Leonilson, patrocinado pela Fundação Edson Queiroz e fruto de 24 anos de pesquisa. Editor do catálogo, Ricardo Resende informa que a publicação, de cerca de 1.000 páginas, distribuídas em três livros, reúne todas as obras de Leonilson, divididas em cerca de 3.500 registros catalográficos, constituindo-se no primeiro catálogo raisonné de artista contemporâneo do Brasil. “Por todos esses motivos, acredito que a exposição será um grande sucesso”, ressalta Ricardo Resende.

Segundo o curador Ricardo Resende, “a mostra não poderia deixar de trazer de forma generosa para o público os trabalhos inéditos e as ‘chaves’ para o que se considera a composição dessa obra expressa por meio dos signos que representam as emoções humanas, dos fragmentos da condição humana e dos dilemas do homem comum, traduzidos em palavras e números”.

A curadoria indicou obras de acervos de diversas instituições do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, como a Fundação Edson Queiroz e o Museu de Arte Contemporânea (MAC), do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, de Fortaleza, além de coleções de colecionadores particulares.