Sucesso de público na França, México, Inglaterra e Rio de Janeiro, a exposição “Frida e eu” – uma iniciativa da Bacuri Cultural com patrocínio da Brasilprev – conta a história da pintora mexicana sob a ótica do universo infantil. Não se trata de uma exposição de obras do acervo de Frida, mas sim, de uma experiência interativa que permite aos visitantes se relacionarem com a arte e sentirem que museu também é lugar para as crianças.

Com mais de 40 mil visitantes em 2 meses no Rio de Janeiro, a exposição ficará em cartaz até 30 de junho na Unibes Cultural, localizada ao lado do metrô Sumaré. Primeira artista latino-americana a ter um quadro vendido por um milhão de dólares, Frida Kahlo é mundialmente conhecida por sua arte repleta de cor e com uma pitada de agonia. A mostra é composta por seis eixos temáticos:

Frida e o autorretrato: A criança é convidada a criar a “sua” Casa Azul, conhecida residência onde a artista morou em diversas fases de sua vida : Duas estações que trazem à tona a árvore genealógica da pintora e como ela é formada, levando a criança a resgatar as suas origens. Na primeira delas, há figuras de rostos e imãs que podem ser colocados de acordo com a visão de cada criança, formando assim o que seria a ascendência de Frida. Na segunda, numa tela, os visitantes têm que identificar cada um dos familiares da artista, por meio de fotos

 .Frida e a dor: Frida sofreu um grave acidente aos 18 anos, que a deixou presa à cama por muito tempo e marcou o início da sua relação com a pintura. Com um espelho no teto e um cavalete adaptado, a artista começou a pintar. Nesse ambiente, composto por cadeiras desconfortáveis, o visitante é convidado a se sentar em diferentes posições e a experimentar novos olhares e pontos de vista. Além disso, todos podem montar o quebra-cabeça de um esqueleto de espuma com as marcações dos principais pontos de dor espalhados pelo corpo da pintora. A estação propõe a discussão sobre a dor e os obstáculos que a vida impõe. Mostrando formas distintas de lidar com essas questões e apresentando novas perspectivas diante dos problemas. 

 Frida e a Natureza: A artista viveu cercada de animais e plantas. Neste espaço, as crianças têm a oportunidade de identificar animais por meio de reprodução sonora, além de participar de um jogo interativo para descobrir seu “animal de alma”, segundo a tradição asteca. 

Frida e Diego: Frida e Diego Rivera formaram um casal apaixonado, que tinha os mesmos interesses. Tinham muitos pontos em comum e também algumas diferenças notáveis entre eles: Diego tinha 20 anos, 20 centímetros e 20 quilos a mais que Frida. A ideia é promover a comparação, sempre de maneira lúdica, entre características físicas e o que gera essas diferenças.

 Frida e Paris: A ‘mesa surrealista’ é a exploração daquele universo em que tudo parece meio “sem pé nem cabeça”. O quebra-cabeça pode ser montado da maneira tradicional, mas também é possível fazer surgir criaturas surreais ao trocar os pares e recombinar as peças.

Segundo Daniela K. Schlochauer, responsável por trazer a exposição ao Brasil, uma das estações que mais chama atenção é a Casa Azul. “Neste espaço os pequenos podem se ver como parte de um quadro da artista. O objetivo é que a criança se prepare para um autorretrato, como Frida fazia. A imagem é feita por meio de um tablet e o resultado pode ser conferido na hora”. E acrescenta: “A ideia é que as famílias se reúnam e juntas aprendam de forma lúdica e divertida, a história dessa artista”.

Aos sábados, durante todo o período da exposição, acontecerão ainda diversas oficinas, todas elas ligadas ao universo da pintora.

 

 Abertade segunda a sábado, das 10h30 às 19h30. Os ingressos custam entre R$ 12,00 e R$ 30,00 e podem ser adquiridos antecipadamente no site da Ingresso Rápido ou no balcão de vendas na própria Unibes Cultural, de segunda a sábado, das 10h às 19h. Às segundas-feiras, a entrada é gratuita.