As medidas restritivas impostas pela Covid-19 foram flexibilizadas, mas o consumo de cerveja que migrou para dentro das casas dos brasileiros durante a pandemia ainda permanece em alta. É o que revela o levamento da empresa de pesquisa de mercado Euromonitor, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja — SINDICERV.  “Devido à tradição cultural brasileira, é esperado que com a flexibilização das restrições da pandemia, no ano de 2022, o consumo retorne com mais força nos estabelecimentos de alimentação fora do lar, com a retomada de grandes eventos musicais, festas culturais e a Copa do Mundo, explica o superintendente do Sindicerv, Luiz Nicolaewsky.

 

Segundo os dados apresentados, antes da pandemia, em 2019, o consumo de cerveja girava entorno de 38% no off-trade (pontos de venda como supermercados, hipermercados, mercearias, dentre outros que não são especializados em consumo de cerveja no próprio ambiente) e em bares e restaurantes (on-trade), local favorito dos brasileiros para consumo de cerveja, totalizava 62%.

 

Durante a pandemia, devido as medidas restritivas, esse hábito tradicional do brasileiro retraiu. Em 2021, o desempenho do consumo de cerveja fora do lar passou a registrar 58,4% – o que representa 8,4 bilhões de litros — enquanto o consumo offtrade subiu para 41,6%, totalizando 5,9 bilhões de litros de cerveja comercializadas. Essa performance se deve, principalmente, pelo o crescimento de vendas diretas ao consumidor em plataformas digitais (e-commerce) – que subiu 1,5% em 2021 — e nos atacadões com o aumento de 13% no mesmo período.