Dados do Monitoramento de Mercado Abrasce – Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce) — apontam que as vendas nos shoppings registraram uma alta de 13,8% em agosto, quando comparadas com o mesmo mês do ano passado. Em relação ao desempenho do pré-pandemia (agosto de 2019), o aumento nas vendas foi de 7,1%, sendo a quarta elevação consecutiva nessa métrica. No ano, o setor acumula uma recuperação de 29,9% sobre igual intervalo de 2021.

Do ponto de vista regional, as localidades que apresentaram resultados acima da média nacional no mês, em relação a agosto de 2021, foram: Sul (15,5%), Sudeste (14,3%) e Centro-Oeste (14,2%). As regiões Nordeste e Norte, apresentaram alta de 12,9% e 5,2%, respectivamente.
Mesmo com um cenário macroeconômico, caracterizado pelas pressões adicionais da Selic no mercado de crédito e os baixos rendimentos reais, o ticket médio de vendas nos shoppings ficou em R$ 125,31 em agosto, representando uma alta de 2,1% quando comparado com o mês de julho. Já o ticket médio das lojas de rua foi de R$ 88,72.  Outro destaque para o mês foi o aumento no número de frequentadores dos empreendimentos. O fluxo de pessoas, segundo dados do IPEC e Mais Fluxo, cresceu 17,1% em relação ao mesmo período de 2021, mostrando o importante reflexo do número cada vez maior de brasileiros imunizados contra o coronavírus e com a retomada da atividade econômica.

 

O presidente da Abrasce, Glauco Humai, foto divulgação

Segundo o  presidente da Abrasce, Glauco Humai, há fatores positivos que levam otimismo ao mercado, como arrefecimento da inflação, que estando em alta impacta diretamente na capacidade de compra da população, e, também, a expansão das vagas de trabalho, que traz aumento para a massa de rendimentos do trabalhador, possibilitando a aquisição de mais itens. “Outro fator importante é a crescente recuperação no fluxo de visitantes, o que colabora para as estimativas positivas em relação ao segundo semestre, marcado por importantes datas comemorativas, como Dia das Crianças, Black Friday e Natal, essa última a data comercial mais importante para o comércio”, afirma o executivo.