Com 52 anos de sucesso, a Casa Flora, uma das cinco principais importadoras do Brasil. localizada em São Paulo, oferece no seu e-commerce para atendimento ao consumidor final, e na sua loja física na Rua Santa Rosa, um portfólio de1200 produtos com mais de 150 marcas. E embora a empresa tenha crescido muito em 2020 e ter tido um bom ano em 2021, neste ano de 2022 deve crescer de 10 a 15%, isto devido a inflação de 12% “ Os preços subiram e temos que tentar crescer pelo menos esta taxa de inflação” disse Adilson Carvalhal Junior, diretor administrativo e financeiro da importadora.
Adilson Carvalhal Júnior foto Tânia Müller
As previsões para este ano de 2022, não estão nada alentadoras, segundo a pesquisa Focus do Banco Central a economia brasileira deve crescer apenas 0,3%, e segundo o levantamento monitor do PIB pela Fundação Getúlio Vargas, estamos caminhando para uma nova estagnação. A eclosão da guerra da Ucrânia com a Rússia, piora as previsões do cenário político monetário no Brasil e no mundo.
Junior é enfático ao dizer que para quem é importador existe claro, a questão cambial, porém nunca houve um problema de tanta falta de insumo: seco, container, garrafa, rolha, etc. “A alta de alimentos está absurda, o frete internacional explodido e não volta. Estamos com seis containers de Paulaner no aeroporto para embarcar, e não conseguimos navio. Vivemos um desafio diferente, vai haver uma falta de escassez, não da falta de produto, que as pessoas tem que sair correndo para os supermercados. Uma escassez de oferta, uma limitação e com preço alto. “ disse
Segundo o executivo, existe um lado complexo, devido a este novo cenário global pós- pandêmico, e tem a guerra na Europa, que é um polo importante para a importadora. “ Como nós já havíamos comprado tudo para este final de ano, sempre compramos por antecipação, pois faz parte do nosso projeto, e como no Brasil estamos em um ano político, teremos menos visibilidade de como será o volume vendido. Apostamos mais cedo e estamos torcendo para ter acertado mais”. disse “Não foi só no Brasil que a inflação afetou, no Reino Unido a inflação é de 8 a 9 % nos últimos 12 meses.. Este cenário torna mais difícil prevermos o que será daqui a 6 meses. Neste momento é mais difícil mudar o mix de produtos, porque como está escasso, ninguém tem mercadoria para te dar. O meu fornecedor quer tentar me garantir, como produto. Ele não tem espaço para prospectar um novo cliente. Aí você tem esta questão: de acertar mais num cenário mais imprevisível. A guerra é o ponto . Precisam parar e conversar, pois está interferindo brutalmente na economia do mundo. Para organizar todo um cenário global com esta escassez, será difícil. Minha preocupação será daqui a 2/3 anos, com o aumento da pobreza, do desemprego. Um cenário incerto, e o meu fornecedor também não sabe disto” concluiu o executivo.
