De 17 a 30 de outubro  a cidade de São Paulo irá sediar a 43ª Mostra Internacional de Cinema , onde os cinéfilos poderão conferir  cerca de 304 filmes inéditos, em 34 salas da cidade, incluindo CineSesc, Frei Caneca, Espaço Itaú, Reserva Cultural, MIS, Cinemateca, Cinesala, Cinearte, Petra Belas Artes e o  Theatro Municipal que, no primeiro fim de semana, vai exibir, com entrada grátis, filmes brasileiros como A Vida Invisível, Abe e o documentário Babenco – Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, da atriz Bárbara Paz.

 O cartaz  desta edição é da artista plástica  Nina Pandolfo

  As novidades foram divulgadas no último dia 5 de outubro, no Espaço Itaú Augusta, durante coletiva de imprensa, com a presença de Renata de Almeida, diretora do evento, Alê Youssef, secretário  da Cultura do Município de São Paulo, Laís  Bodanzky , presidente do SPCine  e Danilo Santos de Miranda , presidente do Sesc SP., do  diretor-superintendente do Instituto CPFL, Mário Mazzilli e Claudiney Ferreira, gerente de Núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural   

Mário Mazzilli, Laís Bodanzky, Alê Yaussef, Renata de Almeida, Danilo santos de Miranda e Claudiney Ferreira foto Tânia Müller

 Segundo Renata, “Este é  um ano difícil, perdemos um patrocínio. Nunca tivemos dúvida  de que  conseguiríamos fazer a Mostra, Tudo graças a estes nossos parceiros presentes. Eles sempre nos deram certeza da viabilização neste ano”

   Para Alê  Youssef   “  A  retirada de apoios tradicionais, principalmente de empresas públicas do Governo Federal  representaram  desafios  enormes para que  estes eventos continuassem  de forma altiva, e neste sentido me parece muito importante  honrar a tradição do apoio da Prefeitura de São Paulo, marcando uma resistência pró- ativa a esse ataques. É uma Mostra emblemática , e ela  acontecer na cidade, ocupando espaços públicos, e pela primeira vez o Theatro Municipal  de São Paulo, seis céus, entre outros… traz visibilidade na cidade, é uma maneira  contundente da gente apostar  contra a barbárie  e apostar  na nossa expressão, defendendo o áudio visual, levantando uma  bandeira pela liberdade de expressão , contra a censura . Acreditar neste evento e na sua viabilização é acreditar em uma cidade  muito mais modernista  do que bandeirante “

 Segundo  Lais Bodanzky “ O SP Cine, está acompanhando toda a crise geral de áudio visual no país. A mostra tem 43 anos fazendo parte do agendão da Cidade de SP, e terá muito mais, porque pertence a cidade. Este ano é  atípico no patrocínio, mas não na produção., Tem  menos dinheiro, porém iremos  fazer mais , vamos levar este tapete vermelho para a periferia, em seis céus.”afirmou

Para o gerente de Núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural,    não existem instituições fortes  sem eventos fortes “ A Mostra também é ´uma instituição  e a necessidade  das  pessoas estarem unidas neste momento é muito grande. É preciso ter elos,  a fragmentação é o que nos fragiliza  A mostra é um trabalho que cria elos  Vamos receber o 3º Forum Mostra, debatendo o audiovisual em foco, política mercado e criação  com uma  programação excelente  Teremos também pelo 3º ano a Mostra on-line  e teremos  a ocupação  do Eduardo Coutinho  e Vladimir Herzog”

 Segundo o professor Danilo,  mesmo tendo dificuldades a vários anos, o festival resiste. “A Renata  é uma resistente. Estamos expandindo nossa presença no festival, não apenas  fazendo na capital, mas também levando para 12 cidades do  interior. O que é importante é a resistência cultural. O festival representa isto. È fundamental este apoio,  a presença maciça  da comunidade de SP, da imprensa, dos apreciadores do cinema . Esta é a forma que temos para discutir as questões centrais, que diz respeito ao nosso dia a dia , que nos faz refletir, e que  tem que ser através   da própria cultura , da própria manifestação artística “ concluiu  

  As permanentes e os pacotes de ingressos começam a ser vendidos dia 12 de outubro, das 11h às 21h.